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LUTA UNIFICADA
A maior greve da história está parando Florianópolis, é hora unificar com o RJ!
Leonardo Cechin

Há mais de um mês atrás os servidores municipais da capital catarinense deflagraram greve - que já é a maior da história da categoria - contra o pacote de ajustes do prefeito Gean Loureiro (PMDB), que pretende fazer os trabalhadores pagarem a conta da crise econômica. O pacote foi aprovado, mas a resistência continuou, e aumentou. Agora, o que as lutas pelo país como em Florianópolis e no Rio de Janeiro contra a privatização da CEDAE têm em comum, e como juntas, elas são capazes de vencer?

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O prefeito está esgotando seu leque de medidas autoritárias para acabar com a mobilização dos trabalhadores. Já usou da repressão policial, recorreu ao Judiciário e ao Ministério Público, e também à mídia, que com o lado definido que tem nesse embate não cessa em atacar o movimento.

A assessoria jurídica do sindicato conseguiu reverter a medida da promotora Vera Copetti, que determinava ilegal a greve, exigia o retorno imediato às funções e caso isso não fosse cumprido, o sindicato arcaria com uma multa diária de R$ 30.000. Depois dessa derrota, Gean Loureiro entrou com outro recurso onde ficava determinada a prisão da diretoria do SINTRASEM, processo esse que ainda está em aberto mas não foi muito adiante, mais uma vez pela massiva resistência dos servidores. O mais recente ataque à greve foi o ultimato do promotor de justiça Daniel Paladino, dando um prazo de 48 horas que se encerra hoje (16), para que a prefeitura e o sindicato entre num acordo para o fim imediato da greve, segundo o parcial promotor, a mobilização não pode continuar prejudicando o ano letivo municipal, que deveria ter começado há uma semana.

Se bem que está um pouco difícil para os servidores sentarem para negociar com o prefeito, já que nesta semana deveria ter ocorrido uma mesa de negociação na OAB. O prefeito informou que não compareceria, o sindicato logicamente, também disse que não, mas como uma pessoa sem palavra que é, Gean Loureiro esteve na OAB, apenas para gravar um vídeo em sua rede social dizendo que queria dialogar mas os servidores se recusavam. A RBS como veículo oficial dos ricos não pôde deixar de divulgar como verdade a mentira dita pelo prefeito.

Situação semelhante, mas mais crítica, acontece no Rio de Janeiro. O governador Pezão - se bem que não mais, já que está para ser cassado por corrupção -, do PMDB, enviou à Assembleia Legislativa do RJ um pacote semelhante ao de Gean, que pretende retirar inúmeros direitos dos trabalhadores ao mesmo tempo que deixa de lado os políticos e empresários. O ponto em destaque do pacote é a privatização da Companhia de Água e Esgoto (CEDAE), que está tendo como resultado uma greve também histórica dos servidores cariocas, que estão se sacrificando numa luta sem precedentes enquanto sofrem uma repressão brutal da Polícia Militar, que agora terá todo o tempo para se concentrar nos servidores, já que Temer e Pezão colocaram mais de 9.000 soldados das Forças Armadas nas ruas para que os policiais possam se concentrar nos trabalhadores em greve.

Não é mera coincidência Gean, Pezão e Temer serem do PMDB. Desde Brasília até os municípios está na ordem do dia para os governos a realização de ajustes contra direitos elementares dos trabalhadores e jovens. A PEC 241 e a Reforma do Ensino Médio passaram e agora se encaminham a Reforma Trabalhista e da Previdência. O golpe institucional que pôs Michel Temer na presidência e rasgou milhões de votos, tem como objetivo aprofundar ataques que Dilma e o PT não conseguiram fazer, e agora precisamos responder à altura para não retrocedermos décadas em direitos. É preciso exigir das centrais sindicais como CUT e CTB, que unifiquem as lutas nacionalmente, sob a mesma bandeira de resistência aos ajustes, e construam uma verdadeira greve geral que pare o país. As ocupações estudantis de escolas e universidades provaram que movimentos isolados em suas cidades não conseguem derrotar um ataque que é nacional, a unificação do movimento é crucial, pois o isolamento pode fazer com que a adesão diminua até terminar.

Ambas as greves estão crescendo cada vez mais, ainda temos tempo de construir esse projeto, e assim como no Rio de Janeiro, colocamos o Esquerda Diário à disposição de todos os trabalhadores em luta para o tomarem como ferramenta que auxilie nessa construção.

 
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