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EUA
Trump assina ordem executiva contra cartéis: enviará tropas ao México?
Bárbara Funes, México D.F.
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Foi hoje durante a tomada de posse do racista Jeff Sessions como Secretário de Justiça que se anunciaram estas novas medidas executivas. "Estes tempos perigosos requerem um Procurador-geral determinante", declarou o magnata.

Entre as ordens firmadas hoje por Trump, ressalta a de "acabar com cartéis tradicionais da droga", em referência aos cartéis mexicanos, ainda que sem mencioná-los diretamente.

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No documento, exige "ao Departamento de Justiça e o Departamento de Segurança Nacional que tomem todas as ações necessárias e legais para romper a estrutura dos cartéis do crime que se expandiram por todo o país e que estão destruindo o sangue de nossos jovens".

Nos últimos anos, aumentou o consumo de heroína no gigante do Norte, e as mortes relacionadas com isso, que afetam a maioria da classe média branca. Foi assim que o magnata durante sua campanha eleitoral prometeu implementar rígidas medidas contra os imigrantes e o tráfico de drogas que entram pela fronteira com o México. Uma aprofundamento da política de criminalização dos imigrantes implementado pela administração anterior, do partido democrata.

A confirmação destas medidas se dá poucos dias depois que o presidente estadunidense afirmar que na conversa mantida por telefone com o presidente do México, Enrique Peña Nieto, ofereceu enviar tropar para combater ao narcotráfico. E posteriormente a isso, se anunciou desde a administração estadunidense a possível imposição de um imposto aos cartéis para financiar a construção do muro.

A isso se coma o próximo encontro entre a cúpula militar mexicana e a estadunidense, assim como a opacidade das negociações do chanceler Luis Videgaray com o governo estadunidense.

O cinismo de Trump não tem limites: a extensão do narcotráfico se deu com o aval das sucessivas administrações ao norte e ao sul do rio Bravo. O cartel de Sinaloa, cujo líder Guzman Loera hoje está nas mãos das autoridades estadunidenses, recebeu armar dos agentes do vizinho do norte, tal como se evidenciou com a Operação Rápido e Furioso.

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Foi a política proibicionista imposta faz década pelos Estados Unidos que converteu o tráfico de drogas em um dos negócios mais rentáveis da "economia ilegal" do capitalismo.

Neste contexto, o presidente George Bush e seu homólogo Felipe Calderón firmaram a iniciativa Mérida, através da qual Estados Unidos financiou a venda de armas e veículos de combate ao exército mexicano. Um financiamento que continuou durante as administrações do democrata Barack Obama. Com o agravante dos nexos entre as forças repressivas e os cartéis do narcotráfico, responsáveis por centenas de milhares de desaparecimentos forçados - como o dos 43 estudantes de Ayotzinapa -, de execuções sumárias, de torturas e desaparecimentos.

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Assim mesmo, agentes estadunidenses treinaram forças repressivas do país, e atualmente operam em território mexicano com direito a usar armas. Com esta ordem executiva, a ameaça do envio de tropar estadunidense cobra mais força.
Frente a esta perspectiva, é necessário por em pé um movimento contra o muro, as deportações e a militarização do México. Que lute contra a ingerência imperialista estadunidense e em toda a América Latina e para que retirem de imediato os agentes ianques e as bases militares de todo o continente.

 
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