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SÃO PAULO
Comunidade da E.E. Pedro Alexandrino retira Diretor do cargo após mobilização
Adriana Paula
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Foram anos de assédio, autoritarismo e perseguição por parte do ex-diretor Sílvio na E.E. Pedro Alexandrino; contando com o aval da Diretoria de Ensino Norte 2 que ignorava várias denúncias. Finalmente, após semanas de intensa mobilização, (com a realização de assembleias escolares, debates, investigação e depoimentos) a dirigente regional cessou o professor Sílvio do cargo no início desse ano.

Além de abrir novas perspectivas para o Pedro Alexandrino, a vitória do movimento, realizado pela maioria de alunos, professores e pais, também ensina na prática o quanto pode ser determinante e poderosa a organização e discussão político-pedagógica de toda a comunidade escolar.

O ano de 2017 se inicia com uma nova tarefa para essa escola: A construção de uma gestão democrática e participativa de todo o ambiente escolar. A queda do diretor significa a derrota de um modelo falido de “liderança”, no qual uma figura (ou um pequeno grupo de indivíduos) tenta tomar para si de forma antidemocrática o espaço público, tratando de seus interesses pessoais e restritos. Tais indivíduos agem como se fossem os donos da escola pública.

Infelizmente esse modelo de gestão é recorrente nas escolas estaduais paulistas. O modelo de escola orientado pelas DEs e pela secretaria da educação de São Paulo busca construir, desde o início, uma desmobilização permanente dos professores, estudantes e pais. Existe uma política consciente do governo, tanto estadual quanto federal, de criar um ambiente escolar semelhante a um verdadeiro campo de guerra, em que estudantes e professores se enfrentam mutuamente sem conseguir enxergar quais são os reais motivos dos problemas estruturais do ensino público.

Que esse movimento realizado na EE Pedro Alexandrino sirva de exemplo e inspiração para outras Unidades Escolares. Que professores, estudantes e pais se unam nos seus espaços de trabalho e convivência e tomem a escola para si. A escola pertence a todos, e não ao Governo, nem tampouco às direções. Esse espaço deve ser reconquistado e gerido de maneira que atenda às necessidades dos trabalhadores e do conjunto da população e não aos interesses de uma educação embrutecedora, muito menos aos interesses particulares e ditatoriais de alguns poucos.

São cada vez maiores os cortes nas verbas de saúde e educação em todo o país. O governo golpista de Temer quer fazer com que os trabalhadores paguem o preço pela crise econômica destruindo ainda mais os serviços básicos, ameaçando com ainda mais cortes e perdas de direitos para a população. Sendo assim, é absolutamente necessário que o conjunto da população se aproxime, se una e se organize para resistir e revolucionar essa realidade em cada ambiente de trabalho, estudo e comunidade.

Parabéns aos estudantes, professores e pais da EE Pedro Alexandrino, essa é uma pequena amostra do que os trabalhadores e estudantes unidos podem conquistar. O Esquerda Diário espera e torce para que tal experiência se dissemine e se coloca a total disposição para apoiar tais iniciativas.

 
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