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COMBATE À REFORMA DA PREVIDÊNCIA
Centrais sindicais se reúnem e discutem ações para barrar a reforma da previdência.
Pedro Rebucci de Melo

Seminário promovido pelo DIEESE reúne nove centrais para debater a reforma da previdência e como impedi-la. Dias 8 e 15 de março surgem como as primeiras possibilidades de enfrentamento contra o ajuste fiscal, mas faltam propostas concretas para mobilizar os trabalhadores.

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O DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) realizou nessa semana, nos dias 07 e 08, o seminário “Reforma da Previdência Social-Desafios e Ação Sindical”, que buscou apontar como a reforma da previdência do governo Temer é extremamente nociva para os trabalhadores e discutir como é possível lutar contra esse ataque. O seminário contou com a presença das nove centrais sindicais mais relevantes do país: CUT, CTB, Força Sindical, CSP – Conlutas, Intersindical, CGTB, NCST, UGT E CSB.

Ocorreram palestras com pesquisadores da área previdenciária, advogados e representantes da OIT (Organização Internacional do Trabalho) com intuito de desmontar a ideia do suposto deficit na Previdência e apontar como essa reforma será particularmente cruel com alguns setores, como as mulheres e os trabalhadores rurais.

No último dia, a última mesa foi composta por representantes das nove centrais, que apresentaram suas propostas para enfrentar a reforma da previdência. Mais uma vez as centrais não conseguiram superar seus interesses burocráticos e não foram capazes de acordarem ações em comum para mobilizar e alavancar a luta contra a reforma.

A CUT voltou a afirmar que construirá um dia nacional de paralisação no dia 15 de março, em conjunto com o início da greve na educação que está marcada para o mesmo dia. Outras centrais também apontaram que construirão essa paralisação do dia 15, como a CSP-Conlutas, a CTB e a Intersindical, assim como apontaram o ato do Dia Internacional das Mulheres como outro importante dia de luta, que deve ser colocado a serviço também de lutar contra os ataques de Temer e sua corja.

Entretanto, como já apontamos em texto recente, não basta que a CUT e a CTB apenas convoquem uma paralisação no dia 15 de março se não organizam os trabalhadores em suas bases para que possam efetivamente participar dessa paralisação.

É necessário que as centrais, especialmente a CUT e a CTB utilizem toda sua força para mobilizar os sindicatos em que estão presentes, organizando assembleias de base e discutindo ativamente com os trabalhadores a necessidade de lutar contra mais esse ataque. Somente assim que a paralisação do dia 15 de março não será apenas mais uma “paralisação” fraca e apenas em alguns setores, como foram diversas outras convocadas nos últimos dois anos.

Para fazer a CUT cumprir suas palavras e realmente pararmos o país, a força política e social dos parlamentares do PSOL, do MTST, os sindicatos dirigidos pela esquerda como aqueles da CSP-Conlutas e da Intersindical poderiam juntos não somente convocar esse dia, mas organizar pela base uma real paralisação, que seja capaz de atrair os setores mais críticos (ou mais pressionados pela base) das grandes centrais, para exigir que elas façam o mesmo e, assim, construir a forte paralisação que necessitamos para barrar os ajustes e impedir que os trabalhadores paguem a conta da crise.

 
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