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INTERVENÇÃO IMPERIALISTA
Congressistas dos EUA pedem para Trump intervir na Venezuela com mais agressividade que Obama
Milton D’León
Caracas

Nesta quarta-feira (8), 34 legisladores dos EUA solicitaram a Trump que tome medidas imediatas contra a Venezuela, como a sanção aos funcionários do Governo com o argumento de "violações de direitos humanos".

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Os legisladores o solicitaram através de uma carta co-escrita pela deputada Ilena Roslehtinen, republicana pela Florida, ex-presidenta do Comitê de Relações Exteriores, e o senador Robert Menendez, democrata por New Jersey, o membro de alta classe do subcomitê de relações exteriores que supervisiona a América Latina.

O relato dos legisladores

No texto, assinado por um número igual de republicanos e democratas, se lê que: "Uma ação decidida e baseada em princípios, em resposta aos acontecimentos que se desenvolvem na Venezuela como uma das primeiras ações de política exterior de sua administração, enviaria uma poderosa mensagem ao regime de Madura e ao povo venezuelano".

Os congressistas exigem a Trump "que sua Administração tome ações imediatas para sancionar aos oficiais do regime que estão se beneficiando da terrível situação humanitária e estão roubando aos outros recursos estatais e violando os direitos humanos na Venezuela".

Na carta nomeiam diretamente a Tareck El Aissami, recém nomeado vice-presidente executivo por maduro, sustentando que este "o coloca na fila para possivelmente converter-se no próximo líder da Venezuela, o qual é extremamente preocupante", pois da acordo aos legisladores é por "seus demonstrados vínculos com o narcotráfico". Não faz muitos dias, Maduro delegou a El Aissami, 15 de suas atribuições, entre elas ditas decretos relacionados a transferencias orçamentais, expropriações e o nomeação de vice-ministros.

A carta também pede a Secretaria de Fazenda para emitir normas com respeito a empresas norte americanas com as quais a Venezuela estabelece compras sobre tudo de alimentos. Por último, os legisladores procuram obter mais fundos dos EUA para organismos de tipo "sociedades civis", que de acordo com eles "lutam pela democracia".

No momento de entregar a carta, o congressista Robert Menéndez exige a Trumo que seja mais firme que Obama, sustentando que "a Administração de Trump deve utilizar a autoridade que lhe conferiu para exercer o comando norte americano sancionando a mais oficiais do Governo venezuelano e aqueles indivíduos que violentamente oprimem a seus próprios compatriotas e por sua vez ameaçam a estabilidade regional".

Maduro faz um silêncio canalha com as políticas intervencionista de Trump

Se bem que Trump só mencionou a Venezuela brevemente durante a sua campanha, o novo secretario do Estado, Rex Tillerson que sim se referiu a política a ter sobre a Venezuela quando foi submetido a perguntas no Congresso para suas confirmação como novo integrante do gabinete do novo inquilino da Casa Branca. E bem em consonância com o que pedem os legisladores que escrevem a carta, sustentam que: "Temos que seguir denunciando as praticas anti-democráticas do governo Maduro, pedir a liberação dos presos políticos, e fazer cumprir as sanções contra os violadores dos direitos humanos e narcotraficantes venezuelanos". Declarações frente as quais o governo nacional não se manifestou.

É que Maduro vem adotando uma política canalha com Trump nestas primeiras semanas de governo, quando este está levando adiante medidas tão intervencionistas e agressivas como as de Obama, que inclui deportações, a construção de um muro no México, a proibição do ingresso de cidadãos de países de maioria muçulmana, como Iran e Síria a quem Maduro considera seus aliados, para citar só algumas. Incluindo sustentar que "Não me somo às campanhas de ódio contra Donald Trump que há no mundo", declaração da qual não retrocedeu, incluso a manteve enquanto o repúdio a Trump cresce dentro dos EUA, como em outros países, pensando que com isso ele não estaria "na mira" do novo comandante estadunidense.

Rechaçar a intervenção não implica em apoiar Maduro, senão lutar por uma saída independente dos trabalhadores

Desde estas páginas temos vindo declarar o rechaço aberto à escalada intervencionista do imperialismo yanque, com suas sanções inclusas, que se move cinicamente falando de direitos humanos, quando é o país mais violador de qualquer direito elementar de dezenas de países, incluindo dentro de suas próprias fronteira, além de executor de guerras intervencionistas com seus massacres de povos inteiros.

Temos sustentado que este rechaço à intervenção imperialista estadunidense não implica em endossar, de modo algum, ao governo Maduro, que longe de tomar medidas que ataquem os interesses do imperialismo e seus sócios venezuelanos, frente à crise econômica que atravessa o país há tomado medidas que afetam aos trabalhadores e ao povo pobre mediante medidas de ajuste. Pior ainda, hoje o vemos uma vez mais, com sua política canalha com respeito ao governo Trump, com seu silêncio, enquanto este ataca a centenas de países.

Dizemos, mil e uma vezes, as contas com as violações dos direitos democráticos e humanos, com os corruptos funcionários do governo nacional e seus atos de repressão - que caem sempre com mais peso sobre a classe trabalhadora -, serão acertadas apenas pelo povo trabalhador venezuelano, não os governos da burguesia imperialista estadunidense, nem de outros países. Ajuste de contas que também o povo trabalhador fará com os golpistas pró-imperialistas da oposição que se aglutina em maioria na MUD, que foram perdoados pelo próprio Chávez em 2007, e com os empresários que tem roubado milhões de dólares, chantageando e jogando com a fome do povo.

A classe trabalhadora, em aliança com os pobres da cidade e do campo, rechaçando toda intervenção imperialista, deve lutar por uma saída independente frente à atual crise existente, independente do governo e da oposição direitista que em forma demagógica busca capitalizar a crise do chavismo.

Traduzido por Fabricio Pena

 
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