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COORDENAÇÃO NACIONAL CONLUTAS
Dividida, CSP- CONLUTAS não fará exigência às demais centrais sindicais
Redação

Nesse final de semana 03, 04 e 05 de fevereiro foi realizada no NovoHotel em SP a reunião da Coordenação Nacional da CSP- Conlutas. Foram debatidos a situação da conjuntura nacional e internacional, a reforma da previdência e o plano de lutas da central para o próximo período, como no dia 15-03 onde existem indicativos de várias entidades, principalmente da educação, de paralisação para essa data. Além disso, discutiu-se também como a CSP-Conlutas participará do Seminário Sindical organizado pelo DIEESE- Reforma da Previdência Social- Desafios e Ação Sindical, como as demais centrais sindicais a ser realizado nos próximos dias 07 e 08/02 em SP.

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FOTO: CSP - Conlutas

O primeiro dia de debates foi marcado pelas analises em torno da conjuntura nacional e internacional. Na mesa estavam Zé Maria, metalúrgico e dirigente do PSTU (Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado); Valério Arcary, historiador e professor titular aposentado do IFSP (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia) e dirigente do MAIS (Movimento por uma Alternativa Independente e Socialista) e Plínio de Arruda Sampaio Jr, economista, livre-docente da UNICAMP e dirigente do PSOL (Partido Socialismo e Liberdade). Mais uma vez o PSTU imprimiu para dentro da Central a tese de que o aprofundamento da crise econômica está se dando por meios de governo de continuidade, tanto no Brasil Dilma-Temer como nos EUA Obama-Trump, não vendo as profundas mudanças que impacta para o conjunto dos trabalhadores a eleição de Donald Trump nos EUA e o golpe institucional no Brasil. Cujo desdobramentos já se faz sentir como as leis anti-imigratórias de Trump, e as reformas trabalhistas e previdenciária já anunciadas na agenda de votação do Congresso para o primeiro semestre.

No sábado (04/02) o dia foi marcado pela realização do Seminário Nacional contra a Reforma da Previdência, que será a principal campanha política da central tendo em vista que a reforma que prevê o aumento do teto na aposentadoria, avança na câmara e no Senado. Entre os expositores estavam presentes Cézar Britto, ex-presidente nacional da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Chico Couto de Noronha Pessoa, Conselheiro Federal e Presidente da Comissão Especial de Direito Previdenciário do Conselho Federal da OAB Brasil, Erika Andreassy, do MML (Movimento Mulheres em Luta), Jorge Luiz Souto Maior, jurista e professor de Direito do Trabalho Brasileiro na USP (Universidade São Paulo), Roberto Parahyba de Arruda Pinto, presidente da ABRAT (Associação Brasileira de Advogados Trabalhistas) e Warley Martins, presidente da COBAP (Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas).

O último dia ocorreu a plenária final com a apresentação das resoluções dos setoriais e a polêmica principal que dividiu a central em torno do dia 15/03, e o que a CSP- Conlutas apresentaria como proposta para as demais centrais sindicais nos dias 07 e 08, data do Seminário que está sendo organizado pelo DIEESE em São Paulo. Diante disso, foram debatidas 3 propostas. A primeira apresentada por Mancha pelo PSTU, nela defendia que a Central deveria participar do Dia de mobilização mas que o seu papel na reunião era junto com as demais centrais avaliar qual dia era melhor para buscar um acordo no chamado de uma Greve Geral, nas palavras dele “sem impor nada a nenhuma central”. A segunda proposta encabeçada pelo MAIS, e também defendida por outras entidades e agrupamentos como a LSR, reivindicava que CSP-Conlutas lutasse e chamasse a construção de um dia nacional de paralisação no dia 15-03, levando essa politica as demais centrais sindicais, a partir dos indicativos de paralisação que vários sindicatos e confederações, principalmente os ligados a educação, já possuem para esse dia. E a terceira proposta apresentada pelo MRT- Movimento Revolucionário de Trabalhadores, que também levantava a necessidade de exigência as centrais sindicais para construir uma forte paralisação nacional no 15/03, a partir da construção de assembleias de base, mas combinada com a denúncia nos materiais da CSP-Conlutas em torno do papel que centrais como a CUT/CTB e Força Sindical vem cumprindo em frear a luta dos trabalhadores, a partir dos seus interesses de aparato. Veja nesses vídeos a defesa de Felipe Guarnieri, metroviário de SP, sobre o tema:

Por 59 a 42 votos dos delegados presentes, com 1 voto na terceira proposta, ficou decidido levar a frente a continuidade de negociações com a centrais em torno de um dia em comum de greve geral, como se tratasse de uma questão organizativa e não política como foi questionado, principalmente pela proposta do MRT. Mesmo sendo aprovado a linha majoritária do PSTU, pela primeira vez o que se expressou no interior da CSP-Conlutas foi uma maior divisão da central, fruto da crise e ruptura do PSTU no último período que também vem se expressando politicamente no âmbito sindical.

 
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