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BAIXADA FLUMINENSE
Jovem negro é linchado e executado na Baixada Fluminense
Isa Santos
Assistente social e residente no Hospital Universitário Pedro Ernesto/UERJ

O Jovem, que as 7 da manhã voltava de uma festa acompanhado do irmão de criação e uma amigo, foi assassinado com 6 tiros após ser acusado de tentar realizar um assalto. De acordo com testemunhas Patrick foi executado por um homem que passava no local numa Palio branca e relatam que o assassino justificou sua ação com o argumento que a espera da chegada de uma viatura só serviria para “dar trabalho” aos policiais.

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Foto: El Pais

Na manhã de terça feira (31\01\2017) Patrick Soares de Lima Ribeiro, jovem negro, de 19 anos, morador da Cidade de Duque de Caxias, foi executado após ser agredido e amarrado com uma fita nos pés e braço por moradores. O Jovem, que as 7 da manhã voltava de uma festa acompanhado do irmão de criação e uma amigo, foi assassinado com 6 tiros após ser acusado de tentar realizar um assalto. De acordo com testemunhas Patrick foi executado por um homem que passava no local numa Palio branca e relatam que o assassino justificou sua ação com o argumento que a espera da chegada de uma viatura só serviria para “dar trabalho” aos policiais.

A Baixada Fluminense, região que a cidade de Duque de Caxias pertence, é cenário de constantes assassinatos, execuções e tem em seu histórico chacinas protagonizadas por policiais, pelo crime organizado ou pelas milícias. O caso de Patrick não foge a esse quadro já que há a suspeita de que seu assassino seja um miliciano. Há aqueles que dizem que esses casos acontecem devido ao não funcionamento das instituições de justiça do país. Mas o país que possui um linchamento por dia, tendo o seu primeiro sido registrado há 432 anos, é também o país que possui uma das maiores populações carcerárias do planeta.

O caso de Patrick é mais um caso de linchamento dentre os 365 que ocorrem anualmente no país, de acordo com notícia do site El País. E tal qual o caso do Rafael Braga, só escancara uma lógica racista que é sustentada pelo estado e suas instituições onde primeiro executa-se a sentença e depois se realiza um julgamento. Esta lógica é o que hoje garante que mais de 40% de prisões provisórias (sem julgamento) de acordo com dados do Conselho Nacional de justiça (CNJ).

As sentenças sem julgamentos, seja por meio dos linchamentos, assassinatos pela mão da polícia ou pelas prisões provisórias, onde em sua maioria os presos são jovens negros, é o que hoje é destinado como futuro para a juventude negra, pobre e periférica no Rio de Janeiro e pelo país. é preciso que a juventude negra possa ter um futuro. Basta de mortes dos nossos jovens, sejam elas pelas mãos da polícia e do Estado ou pelas mãos de justiceiros racistas.

 
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