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NEPOTISMO NA PREFEITURA CARIOCA
Filho de Crivella nomeado a cargo se formou em psicologia cristã e mora há anos nos EUA
Fernando Pardal

Questionado pela imprensa sobre a nomeação de seu filho, Marcelo Hodge Crivella, de 31 anos, para o cargo de Secretário da Casa Civil, o prefeito respondeu: "ninguém conhece melhor meu filho e quem nomeia sou eu, você não precisa se preocupar com isso não."

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O nepotismo já deu suas caras na gestão de Marcelo Crivella (PRB), o novo prefeito do Rio. A indicação de seu filho para o cargo de primeiro escalão em sua gestão foi uma de suas primeiras medidas. Mas não sejamos injustos: em seu primeiro mês, Crivella já avançou em repressão, privatização e outros aspectos.

Assim, Crivella está mostrando que segue o lema de sua campanha de "cuidar das pessoas": as pessoas da sua família. Afinal, o ex-senador sempre disse como prezava e valorizava a família.

Mas aparentemente os antecedentes de "Marcelinho", como é chamado pela família, o gabaritam para o cargo de chefe da Casa Civil: ele se formou em Psicologia Cristã pela universidade Biola, uma instituição cristã de ensino localizada no estado da Califórnia. Deve apresentar um grande conhecimento sobre a cidade que o seu pai vai administrar, já que mora há muitos anos nos EUA; trabalhou como "life coaching" e dá palestras motivacionais e de auto-ajuda; atuou nao licenciamento de marcas para a TV Record (de propriedade de seu tio-avô, Edir Macedo); e atualmente administra uma empresa que atua com ensino de computação gráfica na Seven. "Marcelinho" tem 31 anos e mostrou que, herdando uma fortuna e sendo indicado a diversos cargos, pode-se ser muito bem sucedido na vida.

Esse currículo, na visão de seu pai-prefeito, o colocou no topo da lista de melhores candidatos para chefiar a casa civil do Rio de Janeiro. Talvez, pensando em dar para todos uma educação tão boa quanto a de seu filho, o prefeito tenha avançado tanto na privatização da educação já no início de seu mandato.

Ao visitar a Escola Municipal Ayrton Senna, em Bangu, Crivella foi questionado sobre a decisão. E ele respondeu defendendo os antecedentes criminais limpos de seu filho:

"Ele já está trabalhando. Os outros têm que apresentar, ele também vai apresentar. Você precisa entender que ninguém conhece melhor meu filho e quem nomeia sou eu, você não precisa se preocupar com isso não."

A preocupação de justificar que o filho não cometeu crimes é procedente, já que em um mês o prefeito teve quatro indicados a cargos de confiança afastados depois que a imprensa noticiou suas condenações por crimes que iam do mau uso de recursos públicos a lesão corporal seguida de morte.

Assim, parece que para o prefeito é evidente que se seu filho não agrediu ninguém levando à morte, nem roubou ou desviou dinheiro público, está justificada sua indicação para o cargo. É parte de sua política de "cuidar das pessoas" ajudar a que seu filho se estabeleça na carreira política e, daqui a alguns anos, possa se alçar a deputado ou Senador, dependendo do jogo de interesses dentro do PRB, e ter a vida tranquila e privilegiada da qual desfrutam os parlamentares brasileiros, cheios de regalias e salários de cinco dígitos.

Aproveitamos para lembrar aqui apenas uma das regalias de Crivella, denunciada por Carolina Cacau - o seu luxuoso apartamento na Barra:

 
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