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DIANA FAZ QUEIXA CONTRA AMEAÇAS E É INTIMIDADA
Diana Assunção: "o que passamos hoje na delegacia retrata o descaso do Estado com a violência contra a mulher"
Redação

Nessa segunda-feira, Diana Assunção foi à Delegacia da Mulher acompanhada da advogada feminista Isa Penna para prestar queixa contra as ameaças que vem recebendo nas redes sociais por denunciar a política higienista de Doria que criminaliza a arte de rua. Diana e Isa foram encaminhadas à uma delegacia comum e intimidadas pelo escrivão, que disse que as processará por “desacato à autoridade”.

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Desde que Diana Assunção gravou o vídeo que viralizou nas redes sociais denunciando João Doria, ela passou a receber uma série de ameaças de admiradores de Doria e de Bolsonaro.

Isso gerou uma grande campanha de solidariedade, com centenas de mensagens de todo o país, e manifestações em vídeo de diversas figuras públicas repudiando as ameaças e se solidarizando com o enfrentamento de Diana à política de Doria que persegue e criminaliza a arte de rua em São Paulo, chegando até mesmo a prender consagrados artistas como Mauro Neri, acusando-o de “crime ambiental” e tentando transformar os taxistas em fiscais da sua política persecutória.

Contudo, as ameaças continuaram chegando, e com o apoio do mandato de Toninho Véspoli e acompanhada da advogada feminista Isa Penna, Diana abriu queixa na delegacia denunciando as ameaças que vem sofrendo e exigir que o Estado tome providências. O tratamento que Diana recebeu na delegacia, contudo, foi de intimidação: recusando-se a deixar que Isa e Diana tivessem acesso à advogada de plantão, o escrivão chefe chegou a dizer que as processará por desacato à autoridade. Elas foram encaminhadas a uma delegacia comum pois disseram que a sua queixa não se enquadrava na Lei Maria da Penha. Ao deixarem a Delegacia, elas gravaram um relato do que ocorreu ali:

Sobre o ocorrido, Diana declarou: "O que passamos hoje na Delegacia de Mulheres é apenas um retrato de como o Estado trata as mulheres em situação de violência no nosso país. São 27 mulheres estupradas por dia em São Paulo, que muitas vezes buscam proteção nas delegacias e são atendidas desta maneira, com descaso, com humilhação e intimidação. É uma forma de violência psicológica e verbal grotesca com alguém que já está sofrendo violência, na maioria das vezes em casos muito mais graves. Não esquecemos que Elisa Samudio denunciou na Delegacia da Mulher 8 vezes as ameaças que recebia e terminou assassinada a mando do goleiro Bruno. A polícia não é a resposta para a violencia contra as mulheres. Exigimos um plano de emergência pra lidar com essa situação e chamamos as mulheres a se mobilizar, não estamos sozinhas, somos muitas"

 
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