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CIDADE CINZA
Em defesa da arte de rua, nova pichação na 23 de Maio em São Paulo
Redação

Muro da avenida 23 de Maio em São Paulo é novamente pichado no domingo, 29, com as frases “SP, falta saúde, educação e o problema é a pichação?” e “Viva a pixação”. Ali havia um painel que foi apagado como parte do projeto “Cidade Limpa”. Crítica e resistência ao governo Dória vem tomando força.

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“Foi uma resposta ao prefeito para ele ver que não conseguirá acabar com a pichação em São Paulo. E também para ele dar mais atenção a outras prioridades como saúde, educação, segurança e habitação”, esclarece um dos responsáveis.

Dória iniciou seu governo aplicando medidas impopulares e higienistas. Uma delas é o ataque cotidiano aos artistas de rua e suas obras, impedindo, assim, a livre expressão da arte pela cidade. Quase 40 pessoas já foram presas desde o começo do ano. O cenário é de intensa perseguição aos pichadores.

No sábado, 28, houveram 12 detenções. Seis pichadores menores de idade apreendidos na Vila Mariana e seis presos nas esquina das avenidas São João e Duque de Caxias, todos enquanto pichavam. Anteriormente, 26 pessoas já receberam notificações a respeito de processos devido ao flagrante em prédios e monumentos públicos e haverá exigência de ressarcimento.

Em caso de reincidência, a prefeitura pede que a Justiça conceda limiares impondo multas. "As liminares visam impedir que os acusados voltem a praticar pichação. O recurso a tais ações será utilizado pela Prefeitura de São Paulo sempre que houver dano ao patrimônio público por pichação", de acordo com a administração municipal em nota. Uma medida punitivista em busca de censurar aqueles que buscam livre expressão na rua.

No entanto, há o respaldo da justiça. As leis 7.347/85 e 12.408 artigo 6º garantem multa e prisão - de 3 meses a um ano - por dano ao patrimônio público. Revelando o caráter das leis burguesas, pois intervir em prédios privados ou públicos é crime. Demonstrando que o real interesse do Estado é proteger a propriedade e calar as vozes das ruas.

No bojo de medidas reacionárias está um acordo com o Sindicato dos Taxistas de São Paulo para que eles denunciem os pichadores do dia 1º de fevereiro em diante. Dória afirma que “trinta e oito mil taxistas vão acionar a Guarda Civil Metropolitana, a qualquer hora do dia ou da noite, quando virem alguém pichando ruas ou monumentos". Um aumento considerável no batalhão da censura.

 
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