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ATAQUES DO GOVERNO TEMER
Como a “ponte para o futuro” de Temer leva seu futuro ao abismo
Fernando Pardal

Não foi à toa que os partidos da direita se uniram para implementar o golpe parlamentar que levou Michel Temer à presidência do Brasil. A missão designada ao PMDBista é a de implementar uma agenda de ataques a todos os direitos dos trabalhadores e do povo, aprofundando e muito os ataques que já tinham se iniciado no governo Dilma. Querem com esses ataques que a crise seja paga por nós e que os patrões aumentem seus lucros às nossas custas.

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“Ponte para o futuro” foi o nome dado por Temer para seu programa de governo. O futuro defendido por ele, no entanto, é o de uma exploração cada vez maior e sem limites aos trabalhadores. Quer nos fazer trabalhar muitos anos mais para ter direito a aposentadoria, sucatear a saúde e a educação, tirar direitos trabalhistas e um longo etc.

Começando pelo futuro que reserva à saúde e educação: a PEC 55 aprovada pelo Congresso congela os gastos em saúde e educação por vinte anos, tirando dos serviços básicos de maior necessidade para a população. Ele, é claro, como os privilegiados e criminosos políticos que aprovaram esse ataque sob a violenta repressão policial contra as dezenas de milhares que protestavam na esplanada de Brasília, não será minimamente afetado pela medida. Eles podem pagar os caros planos de saúde privados e hospitais particulares, e seus filhos terão garantida a melhor educação que o dinheiro pode comprar nos colégios particulares, e cursinhos para que passem pelo filtro social do vestibular que deixa sem o direito à educação superior a maior parte da juventude brasileira.

Outro futuro que Temer que assassinar é o de nossas aposentadorias: a reforma da previdência aumenta a idade mínima para 65 anos, as regras para se aposentar, exigindo 49 anos de contribuição para ter a aposentadoria integral. Mas Temer preserva a aposentadoria de aliados como a dos militares. Para justificar, são divulgados à exaustão dados fraudulentos que dizem que a previdência está quebrada, mas estudos comprovam que sobre dinheiro ali e que o problema é justamente que este é desviado para outros fins para manter o lucro dos capitalistas. A imprensa patronal tira um sarro da cara dos trabalhadores, como na matéria da revista Exame que nos compara a Mick Jagger dizendo que trabalharemos até sua idade.

Nos direitos como auxílio-doença, do qual dependem milhares de trabalhadores, muitos que adoecem em decorrência da superexploração à qual são submetidos, Temer também dá um jeitinho de fazer cortes, como concedendo bônus para que os peritos do INSS não concedam nossos direitos.

Mais um futuro que o governo propõe enterrar é o da educação, com sua reforma do Ensino Médio, com a segmentação e precarização do ensino, a retirada de disciplinas e diminuição de carga horária de outras, a abertura para a iniciativa privada, entre outras medidas que representam um ataque de imensas proporções à educação e levou à ocupação de mais de mil instituições de ensino em protesto a essa medida.

Os ataques seguem com os planos da reforma trabalhista, que inclui jornadas de trabalho de até doze horas, acordos negociados que se sobreponham à CLT, contratos temporários de 180 dias e aumento da terceirização, transformando a lei trabalhista em papel molhado, e que já vem sendo implementada pelo judiciário e conta com uma bela ajuda da imprensa que mente descaradamente sobre a reforma e faz uma grande propaganda de seus ataques. Ele enviou o texto da reforma em dezembro, com pedido para ser aprovado em regime de urgência.

Outra medida essencial dos ataques de Temer são suas privatizações, que começaram a todo vapor com a venda de unidades da Petrobras, a venda do pré-sal, os planos para privatizar o saneamento básico, de aeroportos, Eletrobras, entre muitos outros bens públicos.

Assim, os lucros são das empresas privadas, mas os prejuízos são pagos pelo estado, como no escandaloso caso do resgate da Oi, capitaneado pelo Ministro Gilberto Kassab, que levou a entregar o valor de R$ 100 bilhões às empresas privadas de telecomunicações. E as formas de transferir o dinheiro dos impostos dos trabalhadores para os banqueiros e especuladores é diversificada, mas a preferida continua sendo o tradicional pagamento dos juros da dívida pública, com a aprovação do orçamento de 2017 que reserva nada menos que R$ 1,7 trilhão para o pagamento da dívida superando qualquer outro gasto do governo. Os privilégios dos políticos que operam todo esse roubo à luz do dia também tem sua fatia garantida, consumindo R$ 306,9 bilhões nesse ano.

Isso é o que Temer fez e preparou até agora, com medidas que são um verdadeiro trator em cima de nossos direitos para garantir o lucro dos capitalistas. Por isso dizemos que é necessário nos organizar e lutarmos contra esse governo golpista, que está a serviço dos capitalistas.

 
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