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SÃO BERNARDO DO CAMPO
Prefeitura de São Bernardo cancela programa de alfabetização de jovens e adultos
Tauany Barbosa

Foi comunicado pela secretaria de educação de São Bernardo do Campo a revogação do edital que abre a licitação para o financiamento de cursos profissionalizantes e do programa MOVA (Movimento de Alfabetização de Jovens e Adultos). A notícia foi publicada no informe de notícias do município na última sexta feira (20/01) e a justificativa para a revogação é que os cursos precisam passar por uma reavaliação técnica.

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Segundo Neuci Rodrigues, coordenador do programa em São Bernardo, teria 30 salas de aula com 15 alunos por sala, o trabalho dos professores do projeto é voluntário, recebem apenas ajuda de custo.

O MOVA tem por proposta oferecer o acesso à educação de forma adaptada às necessidades e condições dos alunos jovens e adultos.

As salas do MOVA estão instaladas em locais onde existem poucas escolas e grande demanda por educação básica. As aulas são ministradas, geralmente, em locais próximos às casas destes alunos (poupando o custo e o desgaste do transporte. O projeto é um programa de alfabetização permanente que funciona a partir de convênios entre a prefeitura e entidades assistenciais, sociedades e associações. A prefeitura custeia as despesas de funcionamento das classes e dá bolsa-auxílio os educadores e as entidades se responsabilizam pelo local das aulas e por indicar os educadores.

O projeto de Alfabetização estava funcionando no ano de 2016 com mais de 45 salas na cidade, com mil educandos com idade média de 53 anos, o projeto trabalha com o método Paulo Freire e vem funcionando há 20 anos, alfabetizou 115 mil pessoas segundo os dados divulgados da gestão anterior.

O cancelamento do programa de alfabetização de jovens e adultos é parte dos imensos ataques à educação que seguem em todo o país. Em várias cidades os governos fecham cursos noturnos e acabam com o ensino de jovens e adultos, restando apenas a opção de pagar para poder terminar os estudos. O plano dos governos é privatizar rapidamente a escola pública e isentar o Estado de cumprir com a obrigatoriedade da educação.

A luta por uma educação pública, gratuita, laica e de qualidade para a maioria da população precisa ser o objetivo. Ao contrário do que fazem o governos, que cortam gastos públicos e precarizam a educação e a saúde, lutamos para que não sejamos nós o que que paguem o custo da crise econômica. Os cortes devem ser feitos nos salários e privilégios dos políticos, defendemos uma nova constituinte, imposta pela luta da juventude e trabalhadores, para barrar os ajustes e tomar o nosso destino em nossas mãos, decidindo entre a maioria da população onde deve ser investido o dinheiro público.

 
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