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CRISE PENITENCIARIA
Entre medidas midiáticas e aumento da repressão, Temer mostra que não vai resolver a crise dos presídios
Guilherme de Almeida Soares
São Paulo
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Os três Estados que aconteceram massacre nos presídios pediram uma ação mais ampla do governo federal para controlar a situação. A principal reivindicação é a liberação da Força Nacional para atuar diretamente dentro das prisões, não somente do lado externo, conforme já está sendo feito.

O governo de Amazonas enviou um pedido ao ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, no qual diz que a ajuda federal será disponibilizada, mas para atuar do lado de fora das unidades. O governo estadual avalia que esta ação é insuficiente para retomar ’’a ordem’’ da situação. Já o governo de Roraima também avalia que é preciso atuar de dentro dos presídios.

O governo do Rio Grande do Norte pediu que se amplie o efetivo de tropa que estão no Estado, que estão por lá desde 2016, e a liberação de um batalhão de pronta resposta para atuar dentro do presídio que teve a matança.

O Ministério da Justiça afirma que as solicitações do Estado estão em analise.

Além disso, em outra matéria, o UOL afirma que Temer quer promover uma
reviravolta na forma como estava lidando com a crise dos presídios. A sua intenção é que União coordene um cerco ás finanças das principais facções criminosas do país.

Como primeira medida, o presidente convocou para esta terça - feira uma reunião com representantes dos órgãos que integram o Sistema Brasileira de Inteligência. Os convocados são o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, a Agência Brasileira de Inteligência, a Secretária Nacional de Segurança Pública, a diretoria de Inteligência da Policia Federal, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras, além dos centros de inteligência do Exército, da Marinha e da Aeronáutica.

A ideia de Temer é mobilizar este sistema de inteligencia para acabar com as atividades ’’empresariais das facções criminosas’’. Nesta terça feira, o ministro Alexandre de Moraes vai conversar com os secretários estaduais para discutir a implementação do Plano Nacional de Segurança. O plano prevê, por exemplo, a criação de 27 centros de inteligência.

Conforme já havíamos denunciando neste site, para o governo federal a crise dos presídios se combate com mais repressão por meio do Estado e seus órgãos repressivos. Michel Temer junto com os governadores do Estado são possuem nenhum interesse em combater a crise dos presídios combatendo a imensa miséria social que faz com que milhares de pessoas optam seguir os trilhos do crime, muito menos faz nenhum esforço para reverter a situação de 40% dos presos sem julgamento e também não discute nenhuma medida para acabar com a lei anti - drogas.

Estas medidas repressivas nem de longe vão fazer com que as facções deixem de existir. Todos nós sabemos que por trás dos bastidores do tráfico e das facções existem juízes, grandes empresários e políticos de alto escalão. Temer é incapaz de tomar alguma medida efetiva sobre esta situação dramática, pois muitos dos políticos de alto escalão, juízes e grandes empresários que estão atrás destas facção fazem parte da vasta gama aliados que o governo possui.

Por trás do falso combate as facções, na verdade estas medidas do governo tem a intenção de cumprir um papel de aprofundar a perseguição á aqueles que lutam contra as medidas impopulares impostas aos trabalhadores e demais setores populares da sociedade e mostrar para a sociedade que está sendo feito alguma coisa para resolver a crise do sistema penitenciário.

 
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