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CRIME HOMOFÓBICO
Delegado encobre homofobia e diz ’foi desentendimento’, em caso de jovem morto pela mãe
Redação

O delegado Helton Testi Renz afirmou que descarta a possibilidade de crime de homofobia no caso do adolescente morto pela mãe com a ajuda do padrasto em Cravinhos (SP). A suspeita havia sido levantada pelo tio paterno de Itaberli Lozano, de 17 anos, afirmando que a mulher não aceitava a homossexualidade do filho. Sem qualquer outro fato, o delegado descartou crime homofóbico, afirmando que esse “desentendimento” que culminou na morte do jovem, não era por homofobia.

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Apesar de tio da vítima falar que mãe não aceitava homossexualidade do filho.
O delegado descartou a possibilidade de crime de homofobia e afirmou “Eu descarto qualquer coisa sobre a orientação sexual dele. A gente sabe que ele não tinha um bom relacionamento, principalmente com a mãe, e que acabou culminando no crime. Mas, esse desentendimento deles não era por homofobia”, “desentendimento” que acabou com jovem assassinado. Delegado mostra assim o caráter homofóbico da policia.

Sem afirmar o que seria então a causa da morte, o delegado mostra o caráter homofóbico da própria polícia, que se recusa a admitir crimes homofóbicos. A mãe e o padrasto foram presos nesta quarta-feira (11), após confessarem serem os autores do crime. O jovem foi morto a facadas e teve seu corpo levado em canavial e incendiado.

Com traços claros de um crime homofóbico com a família tentando acabar com as provas queimando o corpo, além da própria negação da polícia em relação a homofobia, o advogado Fabiano Ravagnani Junior disse que pediu à Justiça a liberdade provisória do casal e a defesa também estuda ingressar com pedido de habeas corpus, alegando legítima defesa, uma vez que existe a tese é de que a mãe foi ameaçada de morte pelo filho.

Argumentos como “comportamento violento” e “envolvimento com drogas” foram levantados, ainda sem provas. Contudo não se toca no tema da homofobia, com respalda da polícia. O inquérito policial será encerrado nos próximos 30 dias, antes que termine o prazo da prisão temporária do casal. Neste período, o delegado pretende colher o depoimento de três testemunhas e solicitar perícia na casa e no carro dos suspeitos.

 
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