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CRIVELLA
Crivella avança na privatização da educação, começando pelas creches
Carolina Cacau
Professora da Rede Estadual no RJ e do Nossa Classe

Enquanto assumia a prefeitura do Rio deixando bem claro no seu discurso de posse que “é proibido gastar” do orçamento público em áreas sociais de interesse do povo trabalhador e pobre, como saúde, educação e moradia, o pastor Marcelo Crivella publicou no Diário Oficial logo no primeiro dia do ano decreto estipulando em prazo de dois meses um plano de implantação de PPP (Parceria Público-Privada) para a educação infantil com o objetivo de criar mais creches.

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Começaram a ser colocadas em prática as medidas prometidas por Crivella para “cuidar das pessoas”, avançando na privatização da educação, ao estipular um plano de educação em conjunto com empresas, que longe de desenvolver a educação buscam aumentar seus lucros gestionando um serviço que é de obrigação do Estado, garantindo uma educação pública e de qualidade, sem interferência de empresas ou do interesse dos capitalistas em lucrar em cima da educação.

Essa medida não é novidade para quem apoiou a tão impopular PEC 241/55, a “PEC do Fim do Mundo” do governo golpista de Temer, que visa congelar os gastos públicos por 20 anos, dessa forma contribuindo para o desmonte do Estado e para o avanço da privatização completa dos serviços públicos, prejudicando o povo pobre e trabalhador e favorecendo apenas empresários.

As OS (organizações sociais), empresas privadas que gestionam serviços públicos como a saúde, são um bom exemplo para mostrar o quanto esse modelo privatista piorou os serviços, com várias dessas empresas envolvidas em esquemas de corrupção, atraso de salários, desvios de verbas e falta de remédios e médicos. Ou seja, privatização sendo sinônimo de calamidade pública.

Para barrar o avanço da privatização da saúde e de outros serviços públicos, é necessário o rompimento com todos os contratos com as OS e demais empresas que controlam os serviços públicos e colocar a gestão desses serviços sob controle dos trabalhadores e da população. E para termos recursos para essas áreas também se faz crucial o não pagamento da dívida pública e a taxação sobre as grandes fortunas para que os ricos e os capitalistas paguem pela crise que eles provocaram, e não o povo pobre e trabalhador com ajustes fiscais que sempre afetam as áreas sociais de interesse popular.

Somente a partir de um assembleia constituinte livre e soberana, que seja imposta através das lutas e mobilizações, onde os trabalhadores e a juventude poderão fazer uma nova Constituição, superando a de 88, que será possível acabar com essas brechas utilizadas pelos políticos burgueses para privatizar mais direitos, e assim poder garantir uma educação pública, gratuita e de qualidade, e que o dinheiro investido saia da retirada dos privilégios de políticos como Crivella e destinado à uma educação para todos em todos os níveis.

 
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