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MASSACRE NOS AM
Cúmplices dos assassinatos: A PF sabia do massacre no presidio do Amazonas
Redação

Desde 2015 a Policia Federal sabia dos planos para a chacina no presidio do Amazonas, que terminou com 60 presos mortos. A policia federal é cúmplice do massacre e sujeito direto da violência realizada pelo Estado, com uma política carcerária repressiva e assassina, onde são assassinados uma pessoa por dia no Brasil.

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O plano de membros da facção amazonense Família do Norte (associada ao grupo carioca Comando Vermelho) de eliminar presos supostamente ligados à facção paulista Primeiro Comando da Capital (PCC) desde 2015 já era de conhecimento da Polícia Federal do Amazonas. Na segunda-feira à tarde, depois do massacre, o Ministério da Justiça, anunciou a liberação de recursos para a transferência de detentos para presídios federais.

A PF tinha um relatório com mais de 600 paginas e cerca de 800 mil mensagens e chamadas telefônicas de criminosos interceptadas pelos policiais federais. Nas mensagens e ligações o núcleo central da facção amazonense revelava suas intensões de assassinar a outra facção paulista.

No mês de outubro de 2015 esse relatório já havia sido encaminhado à 2ª Vara Federal do Amazonas pelo delegado federal Rafael Machado Caldeira, da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Drcor), da PF do Amazonas. A partir disso se deflagrou a Operação La Muralla, que levou à denúncia e à expedição de 127 mandados de prisão. Os acusados tinham em suas fixas tráfico de drogas, armas, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, assassinatos e torturas.

Já havia proposta de transferência dos detentos que não chegou a se concretizar corretamente, algumas lideranças chegaram a ser transferidas naquela ocasião para presídios federais ou permaneceram no Amazonas cumprindo penas em regime disciplinar diferenciado (RDD). Ele reconheceu que muitos líderes da facção voltaram depois para Manaus ou deixaram de cumprir o RDD.

O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, disse nessa quarta-feira que a Secretaria de Segurança do Amazonas já sabia que os detentos planejavam fugir no final do ano de 2016. Ele afirmou que o estado reforçou o monitoramento no presídio, mas não solicitou ajuda, e a secretaria estadual admitiu que houve falhas na segurança do complexo.

Os sistemas prisionais que são verdadeiras máquinas de enriquecimento de empresas privadas que lucram com a violência e um sistema de corrupções e subornos. A Secretaria afirmou que houveram falhas que permitiram que as armas entrassem, contudo é um fato claro que é uma pratica dos presídios que “entrem” armas, drogas e outros. O presídios são parte de um sistema de violência realizado pelo Estado.

No relatório da Operação La Muralla mostra que a Família do Norte se associou ao Comando Vermelho (que comanda presídios e favelas no Rio) depois que lideranças do crime no Amazonas foram levadas ao presídio federal de Campo Grande. Além de estatuto e divisão de tarefas, o grupo teria uma linha direta com barões das drogas na Colômbia e no Peru. Segundo a PF, grandes remessas de recursos atravessam a tríplice fronteira (Brasil, Colômbia e Peru) todos os dias, seguramente envolvendo vastos recursos em propinas.

No massacre do Amazonas vemos rastros da PF deixar acontecer os assassinatos e conexões com os grandes negócios do tráfico internacional. "Aviõezinhos" e inocentes perdem a vida, os barões do tráfico e suas conexões políticas e nas forças policiais seguem a boa vida.

 
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