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SÃO PAULO
Falta creche e fila sobe em 22 distritos de São Paulo
Redação

A fila da creche subiu em 22 dos 96 distritos após quatro anos de gestão Fernando Haddad (PT). Uma demanda elementar para as mulheres trabalhadoras, que ou precisam sair de seus empregos, ou conciliar a criação do filho com o trabalho, acumulando duplas ou triplas jornadas de trabalho. Há ainda na capital 133 mil crianças aguardando por uma vaga para esta fase da educação.

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Apesar de a Prefeitura dizer ter conseguido reduzir o déficit de crianças de zero a 3 anos fora da escola na maioria dos bairros, em 23% deles a expansão não alcançou o crescimento da demanda, mantendo milhares de criança sem direito a creche. O cálculo tem como base os relatórios publicados pela Secretaria Municipal de Educação em setembro de 2013, 2014, 2015 e 2016.

Esse dado mostra o atraso na garantia desse direito básico as mulheres, ainda mantem um enorme déficit com 133 mil crianças sem vaga. Houve aumento nas filas dos distritos de Bela Vista, Belém, Bom Retiro, Cachoeirinha, Campo Grande, Cidade Tiradentes, Guaianases, Itaim-Bibi, Itaquera, Jaçanã, Jaguaré, Lajeado, Limão, Marsilac, Morumbi, Pedreira, Sé, Vila Andrade, Vila Guilherme, Vila Maria, Vila Mariana e Vila Medeiros.

Enquanto a demanda por esse direito vem aumentando, não existe qualquer hierarquia para garantir creche a todos. O maior salto proporcional aconteceu em Marsilac, extremo sul, onde o número de crianças na fila saltou de 38, em 2013, para 124, em 2016. No Morumbi, zona sul, a fila praticamente dobrou: foi de 412 crianças, em 2013, para 726, neste ano. Hoje, são 314 crianças a mais na espera, a maior diferença em termos absolutos. Além da falta de vaga nas creches, há outras 2 mil crianças de 4 e 5 anos aguardando vaga na pré-escola.

A demanda pelas creches é histórica, parte da entrada da mulher no mercado de trabalho, para que esta consiga exercer o direito da maternidade e ao mesmo tempo manter sua independência financeira e vida social, sem ter que fazer varias jornadas de trabalho no serviço e em casa.

E a alternativa que os governos vem dando ao problema, desde a gestão Haddad é incentivar a privatização. Ou seja, não garanti um direito público para beneficiar a iniciativa privada. O petista foi o que mais firmou convênios do tipo: foram ao menos 542 novas entidades cadastradas ao longo da gestão.

Nesse modelo, as crianças são atendidas em imóveis alugados, geridos por entidades sociais com recursos públicos. O déficit de vagas na educação infantil prejudica principalmente as mulheres mais pobres que, sem recursos para pagar uma creche particular, precisam apelar a parentes, vizinhos ou mesmo deixar o emprego para ficar com os filhos.

 
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