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REFORMA TRABALHISTA
Editoriais da grande mídia MENTEM sobre a reforma trabalhista
Ítalo Gimenes
Mestre em Ciências Sociais e militante da Faísca na UFRN

Os jornais Folha de São Paulo, O Globo, Estadão, dizem que Temer propõe uma “mini” reforma trabalhista quando se trata da destruição da CLT, uma das mais importantes conquistas da luta dos trabalhadores.

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“Quando a Folha de SP, o Estadão, o Globo, chamam esse tremendo ataque de “minirreforma”, há duas conclusões possíveis: ou eles estão mentindo (e de fato estão), ou para eles e seus amigos empresários e banqueiros, seu lucro é pouco, e desejam ainda mais reformas contra os trabalhadores”

Esses jornais, nas suas edições da última quarta (21), anunciaram em suas manchetes noturnas que o presidente golpista Michel Temer iria anunciar a sua proposta de “minirreforma” trabalhista junto com uma liberação de saque do FGTS.

E tais veículos de imprensa descrevem a proposta a ser apresentada como se ela tratasse de medidas pontuais, menores, ou até benéficas para o trabalhador. Ou ainda, deram destaque para a liberação do FGTS, como se fosse uma grande benesse de Temer ao invés de uma grande demagogia, como tratamos nesse texto. Na realidade, seus editoriais exerceram seu papel dissimulador de maneira ímpar, com a qualidade de uma imprensa comprometida em defender os ataques do governo golpista desferidos contra os trabalhadores em benefício de seus amigos empresários, banqueiros e políticos privilegiados e corruptos.

Essa Reforma Trabalhista não é nada menor. Temer teme aplicá-la, pois sabe a potencial revolta das massas que gera um ataque como esse, não à toa cogitou em propô-la através de Medida Provisória, para aprová-la rapidamente, com ajuda dessa grande imprensa que o embeleza. Porém, consiste agora em um projeto de lei (a ser aprovado dentro de 30 e 45 dias) como uma das maiores reformas que Temer vinha planejando, pois significa acabar com anos de luta dos trabalhadores consolidados na CLT, significa rasgar o seu texto para dar lugar à banalização dos acordos coletivos entre sindicato e empresa, ou seja, a acordos que podem simplesmente ignorar a mais importante lei do trabalho no país, portanto acabar com a garantia de uma série de direitos fundamentais para o trabalhador (como férias, 13º, tempo de almoço, banco de horas, dentre outros.)

Como se não bastasse, deram um jeito de propor que o trabalhador fique, na prática, uma semana a mais por mês trabalhando. Explico. Quando antes a jornada era de no máximo 8 horas diárias com limite de absurdas 44 horas semanais, essa proposta visa criar a possibilidade para que o trabalhador tenha que ficar 12 horas diárias em serviço com o limite de 48 horas semanais. Isso significa que das 176 horas mensais, passarão para 220 horas, um acréscimo de 44 horas, ou seja, uma semana de trabalho a mais!!! Mais detalhes sobre esse estrondoso ataque, que Temer disse ser um “belíssimo presente de Natal” (para os empresários e seus lucros, penso) podem ser encontrados aqui.

Será preciso lutar contra esse governo golpista e seus ataques aos direitos dos trabalhadores, aos serviços básicos, para aumentar o lucro dos ricos, mas também contra as mentiras dessa grande mídia golpista. Desse modo, precisamos impor através dessa luta uma nova Constituinte no país, que não seja exclusiva para implementar a reforma política e outras superficiais, mas sim que esteja a favor dos trabalhadores.

Portanto, é necessária uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana, que vá debater redução da jornada de trabalho sem redução de salário, salário mínimo de R$ 3.736,26 (cálculo do Dieese), acabar com os privilégios dos políticos, colocar a frente a demanda dos trabalhadores, da juventude e do povo pobre, e que sirva de laboratório para que os trabalhadores possam confiar sem sua própria força e constituir um governo dos trabalhadores em ruptura com o capitalismo.

 
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