Itens básicos como o arroz (16,28%), ovos (13,16%) e o óleo de soja (13,07%) sofrem grande alta. Desde o vinho até as frutas secas engordam essa lista.

O motivo que aponta o professor de economia, Anderson Pellegrino, é a crise econômica do país:

"A origem do problema está no comportamento dos preços desses itens ao longo do ano de 2016, por conta de uma inflação elevada, acima da meta, puxada principalmente pelos alimentos".

O que vinhamos sentindo o ano inteiro na hora de pôr a comida na mesa, pesará duramente neste fim de ano.

Ainda nos brinda com uma dica, de que para manter a ceia da família, deve-se usar a criatividade, "substituição de ingredientes" e "não pesar no orçamento doméstico".

O que para nós trabalhadores já é comum, aquela velha "rebolada" mensal para pagar todas as contas. São milhões de desempregados no país, e outros tantos com salários baixíssimos. Até mesmo a ceia natalina teve um aumento acima do que se projeta para o salário mínimo em 2017, que falasse hoje em 7,5%.

Com tudo mais caro e o nosso salário aumentando menos do que os preços, é como se tivéssemos uma redução salarial. Resulta na queda do poder de compra, e que dá no que dá, ceia mais cara.

É como se apontassem cada vez mais para o endividamento como uma possível saída para essa questão. Uma data de peso mercantil, com propagandas por todo lado e todo moral religiosa que tem, leva boa parte dos trabalhadores a buscar uma saída pedalando, endividando-se ainda mais.

Porém, para os poderosos pouco afeta essa alta. Um exemplo disso é o presidente Michel Temer, que ao longo do ano veio oferecendo banquetes de luxo para seus comparsas golpistas aprovarem suas "medidas amargas".

Esse gosto amargo só fica no prato do trabalhador. Agora com toda criatividade que é exigida, como um "passe de mágica", veremos milhares de famílias trabalhadoras preparando sua ceia.