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REFORMA TRABALHISTA
Demagogia de Temer com FGTS são migalhas em troca do fim da CLT
Thais Oyola - bancária e delegada sindical da Caixa

O anúncio mostra uma preocupação hipócrita com a situação dos trabalhadores e com os níveis críticos de desemprego, uma vez que essa autorização para saque do FGTS está acompanhada de diversas medidas que visam precarizar ainda mais a vida dos trabalhadores, como por exemplo ampliar as possibilidades de contrato temporário, aumentar as jornadas de trabalho para até 12 horas, fora as ameaças diretas à previdência social.

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O governo golpista de Temer anunciou nesta quinta, dia 22/12, a autorização para que os trabalhadores possam sacar valores de contas inativas do FGTS, cujo saldo total no país deve alcançar cerca de R$ 30 bilhões. A previsão é de que até o dia 01 de fevereiro do próximo ano já estejam em voga as regras e os calendários para saque.

Mas tudo isso ocorre ao mesmo tempo em que o mesmo governo golpista anuncia uma Reforma Trabalhista que quer tornar os trabalhadores ainda mais descartáveis.

Quando o governo golpista toma esta medida de liberação dos valores das contas inativas do FGTS, a última coisa com a qual está preocupado é com a condição de vida dos trabalhadores. Está mais interessado em movimentar a economia por meio dos recursos dos trabalhadores para assim buscar garantir uma sobrevida a seu governo já altamente questionado, inclusive por setores aliados.

Num primeiro momento, poder acessar os valores retidos nas contas inativas do FGTS faz muita diferença sim para os trabalhadores que já estão penando com o desemprego, endividamento e a deterioração de suas condições de vida, não podemos negar. No entanto, trata-se de um paliativo que tem como alto custo as reformas trabalhistas que estão por trás dessa manobra.

Na Caixa Econômica, a reestruturação prevista pode precarizar ainda mais o atendimento aos trabalhadores

Como não podia deixar de ser, o impacto desta política vai ser fortemente sentido entre os trabalhadores da Caixa, cuja rede de atendimento mal comporta a demanda atual para atendimento de FGTS, PIS, Seguro-Desemprego, quiçá a demanda futura de uma medida como a anunciada. Situação que fica ainda mais crítica, diante das intenções do governo e do banco de cortar milhares de postos de trabalho por meio de um novo Plano de Apoio à Aposentadoria previsto para o próximo ano, a exemplo do que já está em curso no Banco do Brasil.

A precarização do atendimento e ampliação da terceirização, que já estavam em curso desde os governos do PT, vão tomar mais força diante desse anúncio que deve fazer com que milhões de trabalhadores busquem atendimento nas agências da Caixa. Isso é a expressão clara de que a reestruturação e ameaças de privatização dentro do banco não estão em nada por fora do que está acontecendo em todo o país, mas estão muito bem articuladas para que sejamos nós, os trabalhadores que paguemos a conta desta crise.

Resta aos trabalhadores responder à altura o tamanho do ataque, e exigir de suas direções sindicais burocráticas (CUT e CTB principalmente) o fim dessa vergonhosa trégua que estão impondo.

 
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