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CRISE NO RIO
Pezão comemora aprovação do “Pacote dos Estados” com sorriso amarelo no rosto
Jean Barroso
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A aprovação do pacote de ajuda aos estados pela mesma câmara que aprovou a PEC 241 tem por pano de fundo a divisão entre o governo e o congresso nacional. Em uma manobra para tentar se salvar do desgaste que vem tendo com a aprovação de medidas antipopulares como a PEC 241, a Câmara aprovou o “pacote dos estados”, com a suspensão temporária da dívida dos estados, sem pedir nenhuma contrapartida com ataques aos trabalhadores.

O pacote que estava sendo negociado entre Temer e os governadores dos Estados em crise como Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, originalmente continha contrapartidas negociadas entre Temer e os Governadores, com ao imposição de aumento do alíquota dos servidores de 11% para 14%, criação de programas de privatização, redução de benefícios fiscais e adoção de novas regras previdenciárias.

Leia mais: Por manobra eleitoral a mesma Câmara da PEC 241 resolve tirar ataques do "Pacote dos Estados"

Nesta decisão, a Câmara de Deputados empurrou para Temer a responsabilidade de vetar ou não projeto de suspensão temporária da dívida dos estados, assim como empurrou para os governos estaduais, as Assembleias Legislativas estaduais o ônus de por si próprias e não como “contrapartida exigida”, a aprovação das medidas de ataques que constavam no projeto original de Temer.

Leia mais: Picciani adia votação de pacote para 2017 e diz: "governo de Pezão é fraco"

A comemoração de Pezão não poderia conter um sorriso mais amarelo. Porque desde que o estado decretou calamidade pública, Pezão e a Alerj tem enfrentado dificuldades de fazer aprovar o pacote de ataques que o governo estadual planejou contra o funcionalismo. Picciani (PMDB), líder da ALERJ, não conseguindo levar adiante a votação do pacote, jogou o pacote para fevereiro do ano que vem e acusou Pezão de ser um governo fraco. Temer, pressionado pelas delações que atingem todo o seu governo, seguiu os ditames da FIESP e outros financiadores do golpe que exigem a aceleração dos ataques. A Câmara dos Deputados aprovou a PEC 241, seguindo esta orientação, mas escolheu deixar Temer e os governadores sozinhos nos pacotes de ataques estaduais.

Resultado: a “contrapartida” exigida pela União para a recuperação dos estados era uma verdadeira farsa! Pezão que durante todo este tempo afirmava que os servidores e o povo pobre do rio deveriam acatar o seu pacote de medidas senão não havia possibilidade de recuperação do estado, agora comemora, não sem um sorriso amarelo no rosto por ter sido contrariado pela Câmara de deputados. É tanto de Pezão quanto de Picciani quanto de Pezão o plano de privatizar e terminar o Rio de Janeiro de vender para os empresários associados da FIRJAN, a disputa entre os dois é para ver quem vai sair menos queimado.

Leia mais: FIRJAN, Picciani e Temer querem privatizar Comlurb, Cedae e o que sobrou do Rio

A Câmara que aprovou a PEC 241, e que decidiu por um cálculo eleitoral aprovar o “pacote dos estados” sem os ataques exigidos é responsável outra responsável pela situação dos estados quebrados, já que garante que todos os anos metade do orçamento federal seja utilizado para pagar a fraudulenta Dívida Pública, que só serve aos banqueiros que vivem de juros.

Nós do Esquerda Diário temos defendido a necessidade de não se pagar esta Dívida Pública injusta, que suga todo ano metade dos impostos produzidos com o suor dos trabalhadores. Com esta campanha, temos colocado a necessidade de se estatizar os bancos para que haja controle sobre as finanças e que o orçamento gasto com esta dívida pare de ser moeda de barganha dos banqueiros por mais ataques aos trabalhadores, mas que pelo contrário, seja usado no investimento em saúde e educação, obras públicas para moradias populares e geração de emprego.

Saiba mais: Por que a dívida pública é uma fraude contra os trabalhadores e não deve ser paga

Contra estas instituições políticas que são guardiãs dos ataques e da Dívida Pública, defendemos impor uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana pela luta dos trabalhadores que resistem aos ataques dos governos, para dar uma resposta dos trabalhadores à crise política, que é o extremo oposto das manifestações policiais em apoio à Lava-Jato e a Bolsonaro como saída (reacionária) à crise política. Defendemos que seja através da nossa mobilização independente que poderemos definir os rumos do país, acabando com os privilégios dos políticos e dos magistrados, unindo todos os poderes em uma câmara única que concentre legislativo e executivo, com representantes eleitos e revogáveis e que ganhem o salário de uma professora. Esta experiência deverá nos levar à conclusão que são os trabalhadores que devem governar, só assim as nossas demandas serão atendidas.

 
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