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RIO GRANDE DO SUL
Com que forças barrar o pacote de maldades de Sartori?
Diego Nunes

Desde que Sartori assumiu o governo, o funcionalismo público do Rio Grande do Sul sofre com o peso de ter que pagar pela crise que não criou. Enquanto isso, grandes empresas recebem isenções fiscais estimadas em quase R$ 9 bilhões.

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Ao mesmo tempo, e do mesmo modo que o governo federal aprovou a PEC 55 na semana passada (13/12/16), Sartori, a fim de proteger e honrar a dívida pública com os capitalistas, tira de quem tem menos. O povo pagará com desemprego, aumento da violência, sucateamento e falta de atendimento em educação e saúde, por uma dívida que não criou. Uma dívida que não passa de um acordão entre políticos e banqueiros para sugar ainda mais da vida dos trabalhadores.

Enquanto isso a burocracia sindical do maior sindicato do estado, o CPERS, segue sem organizar a luta na categoria. As últimas assembleias, esvaziadas, expressam uma direção sindical que não mobiliza os trabalhadores, mesmo com toda a humilhação do governo. Os núcleos 38 e 39, dirigidos pela oposição que se reivindica classista e de esquerda, também não tem sido exemplo de mobilização nas bases, e tiveram pouco peso nas assembleias.

A burocracia da direção do sindicato, após toda a trajetória de capitulação, unidade com a polícia, golpes e manipulações em assembléias, convoca às pressas todos os professores a ocuparem a Assembleia Legislativa essa semana e principalmente no dia da votação desse pacote. Não assumem sua responsabilidade de direção sindical e culpam os próprios professores e funcionários de escola pela baixa mobilização.

Sartori em rede aberta já anunciou que o manifesto dos servidores não pode decidir pela sociedade gaúcha toda. Somente ele e os deputados podem fazer isso no caso. Isso significa que o forte aparato policial que sitiou a assembleia e reprimiu os professores e funcionários públicos em geral na última segunda (19), permanecerá até que os ataques sejam concluídos.

O governo quer impôr mais uma derrota aos trabalhadores. É preciso sim mobilizar mas não para mais uma derrota. É preciso que, em especial os núcleos dirigidos pelas oposições de esquerda, organizem assembléias de base em cada escola convocando também a comunidade escolar, para que o ponto de vista dos professores, que não tem voz na grande mídia burguesa, possa ser escutado.

Na atual conjuntura greve é pouco. Para ter alguma chance contra Sartori teriamos que ocupar nossas escolas a exemplo dos alunos, radicalizar e chamar a comunidade escolar para várias atividades de denúncia do governo e conscientização.

Agora, o que não pode ser apagado da memória são os sete ônibus lotados que sairam do 1° núcleo do CPERS (Caxias do Sul), bem como de dezenas de cidades gaúchas rumo a uma grande assembléia geral do CPERS em 2015. Para quê? Deflagrar a maior greve de todos os tempos? Não, 3 dias de paralisação em unidade com a polícia.

Todas as filiações que o CPERS ganhou devido ao intenso trabalho de mobilização dos comandos de base, começou a perder ali, daquele momento em diante. E depois ainda mais, após o golpe da direção central, no Pepsi on Stage para por fim na possibilidade de uma greve forte.

Agora querem dizer que os colegas não querem lutar. Por que será? A responsabilidade da nossa derrocada recai sobre as costas da direção central burocrata e manobrista de plantão. Precisamos reconstruir o CPERS com gente da base e de forças políticas de esquerda não comprometidas com partidos políticos conciliadores de classes como o PT e PCdoB.

Seguiremos lutando e acompanhando os movimentos desta semana lado a lado com os servidores na Praça da Matriz, convictos de que não está morto quem peleja!

O pacote de leis que começou a ser votado extingue fundações, acaba com planos de carreira, autoriza o parcelamento de salários e congela os salários por mais um grande período. O governo Sartori, no entanto, investe forte em uma propaganda de "modernização" do estado, com o apoio da RBS, que por meio de mentiras quer demonstrar para o grande público desinformado a necessidade desse sacrifício dos servidores públicos em prol de todo o estado.

 
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