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PRIVILEGIADOS
Enquanto sobe o desemprego e a carestia de vida, vereadores de SP tentam aumentar o próprio salário
Letícia Parks

Foi na tarde do dia 16 que os vereadores de São Paulo pretendiam votar na câmara o aumento de 26,3% dos seus salários, que faria com que os atuais R$15.031,76 saltassem para R$18.991,68. O limite a que pode chegar o salário dos vereadores de qualquer cidade é o valor do salário de um deputado estadual, R$ 25.322,25.

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Todos os anos, os vereadores, deputados estaduais e federais, aumentam seus salários porque são eles quem decidem quanto devem ganhar, enquanto a população, por mais revoltada que esteja, não consegue impedir que votações como essas possam se realizar.

Na votação que aprovaria tal projeto de lei, houve presença de movimentos sociais, constrangendo os vereadores. No mesmo dia, os mesmos decidiram passar para o próximo ano a votação do projeto.

Sobre a injustiça dos salários de políticos, Diana Assuncao afirmou que "Considero um enorme absurdo a proposta que vereadores de São Paulo querem votar aumentando seus próprios salários em 26%. Em um momento em que querem descarregar a crise econômica sobre as costas dos trabalhadores e do povo pobre, congelando gastos e liberando demissões é um verdadeiro escândalo que estes políticos queiram ainda mais benefícios. Fui candidata a vereadora de São Paulo neste ano pelo PSOL e o principal mote da minha campanha foi se enfrentar contra estes privilégios exigindo que todos os políticos ganhassem o mesmo salário que uma professora, que deveriam ganhar o mínimo estipulado pelo DIEESE. Considero que os vereadores do PSOL eleitos deveriam lutar por esta bandeira que é parte de um enfrentamento consequente contra os privilégios, a impunidade e o enriquecimento pela politica".

Aumento para os políticos e carestia para os trabalhadores: que os ricos paguem pela crise

Nos últimos anos, enquanto os salários de vereadores e deputados subiu milhares de reais, o salário mínimo viveu um estancamento, com aumentos que acompanharam apenas o índice da inflação.

Os vereadores querem viver com quase 22 vezes o valor do salário mínimo, ou 10 vezes o valor estimado pelo DIEESE para o arrimo de família. Se consideram melhores que os trabalhadores, e enquanto mantém na pobreza massas enormes de famílias que vivem com apenas um ou dois salários mínimos, que em 4 anos, aumentou cerca de 19%.

Não podemos permitir que com PECs, congelamentos e ataques os ricos nos façam pagar pela crise, dizendo que é preciso economizar o tesouro público, enquanto aumentam sem parar suas regalias pagas por imposto retirado dos trabalhadores.
Que a crise seja paga pelos capitalistas.

 
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