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CRISE NO RIO
Picciani adia votação de pacote para 2017 e diz: "governo de Pezão é fraco"
Redação Rio de Janeiro

Jorge Picciani (PMDB), presidente da Alerj, deu entrevista coletiva hoje em que mostrou as fissuras com o governador Pezão. Além de afirmar que o governo não possui apoio popular fazer as reformas, disse que "falta governo e coordenação para fazer as ações públicas". Contudo, disse que não vê a possibilidade de impeachment.

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Foto: Octacílio Barbosa / Divulgação Alerj

Picciani disse que as medidas do pacote de Pezão foram discutidas por ele com representantes de sindicatos dos servidores públicas em busca de um "consenso", que disse não ter atingido, justificando assim o adiamento da votação das medidas que os afetam para o ano que vem. Ele também afirmou que o aumento da alíquota da previdência dos servidores de 11% para 14% é a medida mais importante do pacote enviado por Pezão, mas que ele não consegue chegar a um consenso para aprovar a proposta.

Em relação ao projeto que revia ajustes já concedidos para setores militares e das polícias, Picciani voltou a criticar o governo por seu adiamento da questão para 2020. Segundo o deputado, o que Pezão quer com isso é jogar para o próximo governo a polêmica, e isso representará um gasto adicional de R$ 1,5 bilhão no orçamento já em 2017. Ele disse que a Alerj devolverá ao governo sem votar a proposta que adia para 2020 a discussão:

  •  A área de segurança é muito sensível. Não podemos votar um adiamento como este. Temos propostas. Mas o governo foi infeliz - afirmou ele.

    Outra medida anunciada pelo deputado foi a de que as procuradorias da Alerj e do governo do estado entrarão com recurso para que seja revisto o veto judicial ao aumento do ICMS de diversos produtos, aprovado já na casa como medida do pacote. A votação feita em plenário aprovou o aumento, mas uma liminar judicial impôs a suspensão desta. A votação não foi nominal, e diversos deputados alegam que a maioria foi contrária ao aumento de diversos produtos. Picciani, contudo, diz que a votação ocorreu "seguindo o regimento da Casa e como combinado no Colégio de Líderes", que reúne as lideranças partidárias entre os deputados.

    Sobre o governo, o líder da casa, do mesmo partido do governador, disse que Pezão não possui apoio popular para implementar as reformas necessárias, que está fragilizado e que não é transparente. Ele disse que o governo é fraco, que falta governo e coordenação para as ações públicas.

    Contudo, ele disse que não acredita que ocorrerá um processo de impeachment, mas que Pezão deve encontrar alguém com perfil de gestão para administrar a crise do estado, já que esse não é o seu perfil. Afirmou que, caso ocorra impeachment, não pretende assumir, mas sim antecipar as eleições indiretas para o governo e que pretende continuar como deputado.

    Por fim, o deputado afirmou que o governo deveria fazer uma reforma administrativa como alternativa ao pacote, que prejudica os servidores, e criticou o governo por não ter apresentado o resultado de uma auditoria dos cem principais contratos do estado que havia sido prometida pelo vice de Pezão, Francisco Dornelles, quando estava à frente do executivo. Disse também que o atraso do pagamento dos servidores até o dia 20 de janeiro é "excessivo".

    Ele declarou que considera um erro ter aprovado em 2004, quando também era presidente da Alerj, do projeto que permitia ao governo conceder isenções fiscais por meio de decretos, pois isso garantiu agilidade mas tornou "menos transparente".

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