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Arquidiocese do Rio pressiona reitoria da PUC-Rio pela desocupação até o domingo
Redação
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Hoje, terça-feira (14), os alunos do Ocupa PUC-Rio foram informados que a arquidiocese do Rio de Janeiro estaria pressionando a reitoria da universidade para desocupar os pilotis do campus até o domingo.

A notícia foi dada pela vice-reitoria comunitária – parte da burocracia institucional que os alunos ocupantes vêm construindo um bom diálogo – estabelecendo, desta maneira, um prazo mínimo para que os estudantes terminassem com o movimento de ocupação na PUC-Rio.

Desde o início da ocupação os alunos que se dispuseram a iniciar o movimento dentro da instituição estabeleceram um canal de diálogo com a vice-reitoria comunitária e com a reitoria. Os estudantes da universidade a todo o momento mostraram grande apoio político a essa manifestação legítima e de proporção nacional contra a PEC que congela os gastos dos serviços públicos por 20 anos. Já o a Reitoria prestou um apoio condicional, desde que a ocupação não atrapalhasse o calendário acadêmico e se desse de forma pacífica. Nesse aspecto, os estudantes não descumpriram o acordo e seguiram com ocupação sem piquete e organizando um cronograma semanal com aulas públicas que ocorriam no próprio campus da universidade.

No entanto, com a aprovação da PEC 55 em segundo turno no Senado encaminhando para a sua posterior promulgação, o diálogo com a instituição tomou outros rumos. A possibilidade de dar cabo ao movimento mesmo depois dessa votação parece que se esgotou aos olhos da reitoria. Não porque eles compreendam que essa atitude seja a mais cabível por parte dos alunos, num momento onde aquele objetivo maior que era barra a PEC 55 tenha escapado às mãos, momentaneamente. Mas, pressionada pela Arquidiocese do Rio de Janeiro, a instituição anuncia que deverá tomar as rédeas da situação e interferir na organização dos estudantes, na sua luta política legítima contra o congelamento dos investimentos na educação que afetará a vida de cada um dos estudantes da PUC, a maioria bolsista. Há, nesse sentido, um avanço contra a autonomia e direção política do movimento de ocupação. São os alunos e não a instituição que deva decidir pela permanência ou evasão, os estudantes devem ter o livre direito de reunião e de organização em sua luta legítima contra os ataques do governo golpista de Temer.

O movimento estudantil deve ser pautado e levado a cabo pelos estudantes, sem qualquer interferência na autonomia de suas lutas. A interferência de qualquer tipo que seja é uma afronta à liberdade política e de decisão dos alunos. Os alunos da PUC-Rio continuam na luta buscando dialogar com a universidade da melhor maneira possível.

 
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