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Contra os ataques de Pezão e Temer dizemos: pelo não pagamento da dívida pública!
Carolina Cacau
Professora da Rede Estadual no RJ e do Nossa Classe

Em 2015, 42,43% do orçamento do governo federal foi gasto para pagar juros e amortizações da dívida (o equivalente a R$ 962.210.391.323,00!). Não podemos aceitar esse roubo!

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O primeiro dia de votação do pacote de Pezão foi acompanhado de uma repressão policial fortíssima nas portas da Assembleia Legislativa que deputados e assessores de dentro do prédio passaram mal com o gás. Há uma disputa entre a máfia das empresas de transporte e o governo estadual que ameaça o bilhete único intermunicipal, e os deputados já votaram o aumento da integração para R$ 8,00. O judiciário tenta dar sua saída à direita com a Lava-Jato prendendo Cabral, sua esposa e Garotinho, para legitimar e aprovar com seus métodos as medidas de ajuste caso Pezão não consiga por seus próprios meios.

O que acontece no Rio já está se repetindo em outros estados, como RS ou MG, onde Pimentel acaba de decretar estado de emergência e dizer que não vai pagar o décimo terceiro dos servidores. Em escala nacional, nos apresentam a mesma solução: a PEC 55 e a reforma da previdência de Temer são as formas de nos fazerem pagar pela crise que os ricos criaram. Temos que dar um basta nessa situação! Para isso, é necessário uma saída para que sejam os capitalistas que paguem por essa crise que criaram. As medidas do judiciário e governos estão a serviço de garantir seus interesses, em especial dos banqueiros, que têm lucros trilionários!

A dívida pública é uma das principais formas que especuladores e banqueiros têm para roubar o orçamento público (mais que a corrupção). Em 1997, o governo FHC vinculou as dívidas dos estados à União e criou a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) para obrigar todos os governos a reservar uma parte imensa dos orçamentos para o pagamento de juros e amortizações, numa montanha em que, quanto mais se paga, mais cresce. Por ser de interesse dos banqueiros e capitalistas que a LRF se tornou um “mandamento sagrado”, que deve ser garantido mesmo que seja às custas dos que morrem em filas de hospitais por falta de recursos ou dos trabalhadores que ficam sem seus salários.

Em 2015, 42,43% do orçamento do governo federal foi gasto para pagar juros e amortizações da dívida (o equivalente a R$ 962.210.391.323,00!). Não podemos aceitar esse roubo!

Aqueles que hoje atacam nossos direitos vivem repetindo que o grande rombo no orçamento nacional é da previdência, mas o custo da previdência representou apenas: 22,69% do orçamento.

O Rio de Janeiro possui uma dívida de R$ 126 bilhões, e anualmente paga R$ 4,8 bilhões para juros e amortizações da dívida. Se isso não fosse pago, teríamos hospitais e escolas decentes, nossos salários e aposentadorias garantidos, moradias, creches e muito mais. Isso tudo apenas cortando os lucros milionários de banqueiros e capitalistas, parasitas que se alimentam da nossa miséria cotidiana.

Nós do MRT chamamos a lutar pelo fim do pagamento da dívida, contra esses políticos que defendem seus imensos privilégios como “recompensa” pela defesa dos interesses dos capitalistas. O Rio de Janeiro deve ser a linha de frente nessa luta pelo não pagamento da dívida pública e por uma saída nossa para a crise. É necessário a mobilização da juventude e da classe trabalhadora para impormos essa medida, e uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana que possa discutir nossos problemas, sobre como deve ser gasto nosso dinheiro para atender as nossas necessidades e não a dos capitalistas.

Tampouco são suficientes as medidas propostas por Freixo e pelo PSOL de auditoria da dívida ou da CPI das isenções fiscais; a auditoria parte da ideia de que há uma parte da dívida que deve ser paga e outra que não. Consideramos que nenhum centavo dessa dívida deve ser paga, pois ela esta inteira a serviço de enriquecer banqueiros e especuladores. Por isso, queremos chamar todos aqueles que votaram nele, expressando a busca de uma alternativa à esquerda, a avançar conosco e levantar a campanha pelo não pagamento da dívida. Chamamos todos – em especial os setores em luta, como servidores do Pedro II, técnicos da UERJ e UFRJ, e também os milhares que votaram nas chapas da esquerda no DCE da UERJ e PUC – a aderir a essa campanha e levá-la para seus locais estudo, trabalho e bairros.

 
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