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ELISEU PADILHA
Ministro de Temer é acusado de envolvimento com armas, trabalho escravo e ameaças de morte
Redação

O Ministro-chefe da Casa Civil de Temer, Eliseu Padilha, recentemente foi denunciado por duas situações distintas, que continham o envolvimento de porte de 18 armas de fogo, crime ambiental e trabalho escravo numa fazenda em Mato Grosso. A segunda denúncia envolveu uma ameaça de morte em uma disputa de terreno de quase 2 mil hectares no litoral gaúcho.

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Eliseu Padilha foi um dos principais articuladores do golpe institucional e hoje encabeça o núcleo duro do governo de Michel Temer. Uma operação articulada pelas polícias Militar, Civil e Ambiental descobriu uma fazenda no Mato Grosso de propriedade do ministro com a presença de 1900 cabeças de gado, espingardas, 18 armas de fogo, uma motosserra e situações de precariedade dos trabalhadores análogas ao trabalho escravo.

As equipes da operação encontraram péssimas condições nas acomodações dos funcionários, com galões de gasolina e vasilhames de agrotóxicos. As fotos foram enviadas ao Ministério Público. Segue foto do local.

As armas de fogo não foram citadas pelo ministro quando interrogado, apenas sobre os supostos crimes ambientais, que foram negados. Entretanto no local foram encontradas provas de desmatamento em área de preservação ambiental e substâncias tóxicas nocivas à saúde e ao meio ambiente, configurando crime ambiental.

A operação até agora já chegou a bloquear mais de R$ 100 milhões de diferentes pessoas, incluindo a esposa de Padilha, Maria Eliane, que teve mais de R$ 3 milhões de sua conta bloqueados.

Ameaça de morte

A segunda denúncia envolvendo Padilha é referente a uma disputa de um terreno no litoral do Rio Grande do Sul, na qual o empresário João Perdomini, de 76 anos, alegou ter sido ameaçado de morte por homens ligados a Padilha: “No BO, Perdomini relata que estava em sua casa, colocando o lixo na rua, quando um veículo chegou em alta velocidade. Duas pessoas desceram. Uma terceira permaneceu no carro e, segundo o empresário, apontava uma arma. Perdomini diz que um dos indivíduos o ameaçou de morte e que outro lhe deu um soco na boca. À polícia ele conta que os reconheceu e informou que trabalhavam para o ministro. Uma das três pessoas que estavam no carro era Julio Cesar Santos Neto.”

Padilha diz conhecer Julio Cesar Santos Neto, que por sua vez confirmou ter participado da discussão, mas negou a existência de alguém armado e disse que Perdomini já ameaçou invadir o terreno de Padilha. Segundo as investigações, a desavença tem origem em acusações de invasão de terra. Perdomini acusa Padilha de grilagem.

A terra em disputa é de interesse de companhias de energia. A Girassol Florestamento e Imobiliária, controlada por Padilha, tentou em 2007 implementar um parque eólico na região, em parceria com a Elebras Projetos, mas fracassou. Desde então outras tentativas de instalação de parques eólicos estão sendo feitas, daí o interesse financeiro em se apropriar do terreno: os investimentos em 2011 de um parque eólico foram avaliados em R$ 341,7 milhões.

Casos como esses e os de Geddel Vieira envolvendo os apartamentos em Salvador apenas demonstram os interesses da casta política: enriquecer mais e mais. E ainda se utilizam de suas posições privilegiadas dentro do governo para disputas escusas.

 
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