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ENTRE AMIGOS
O que a foto de Moro, Aécio, Alckmin e Temer revela sobre a conjuntura nacional
Guilherme de Almeida Soares
São Paulo
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Num evento realizado pela revista Isto é para a premiação do prêmio ’’Brasileiro do ano’’, a foto tirada do Juíz Sergio Moro, junto com o Senador Aécio Neves, Geraldo Alckmin e o presidente Michel Temer viralizou as redes sociais. Conforme denunciamos neste artigo aqui, a revista Isto é, nomeou como melhor brasileiro na categoria política o mega empresário e próximo prefeito de São Paulo João Dória, na categoria justiça o juiz Sergio Moro e para o mais especial brasileiro do ano para o Michel Temer.

Esta foto onde os ’’amigos’’ parecem estar numa festa de final de ano, mostra mais uma vez que a Lava Jato não está a serviço de combater a corrupção. É digno de piada do site sensacionalista, mas o herói da direita tirou foto com um Senador que foi citado em delações premiadas inúmeras vezes e com o atual presidente da república que está prestes a ser citado na delação premiada da Odebrecht, considerada por muitos a denúncia mais esperada pela Lava Jato.

Primeiramente esta não é uma foto casual, onde convidados de um evento são obrigados a tirar uma foto juntos, mas sim são figuras importantes que articularam o golpe institucional que ocorreu no Brasil este ano. Uma verdadeira premiação para este serviço sujo.

Do outro lado, esta foto é uma clara amostra de que a Lava Jato é uma operação arbitrária onde Moro e sua turma se preocupam investigar uns, enquanto mantém claramente impune outros políticos. Em nome das medidas impopulares contra os trabalhadores e demais setores populares da sociedade que os grandes empresários e banqueiros estão esperando, os investigados e o investigador são capazes de sentar junto e tirar foto.

Ou seja, assim como ocorreu na operação Mãos Limpas italiana, a Lava Jato pouco - a - pouco vai garantindo a impunidade dos políticos e empresários que estão envolvidos no escândalo de corrupção em que ela supostamente diz investigar. O acordo de leniência da Odebrecht com a Lava Jato, onde a empresa vai pagar uma multa em 20 anos, mas também a não investigação do Juiíz Dias Toffoli e de inúmeros outros políticos.

No caso do senador minero Aécio Neves e do governador de São Paulo Geraldo Alckmin, sabemos que Moro possui inúmeras relações com o PSDB. Se hoje a Lava Jato avança contra o PMDB, um dos motivos é para fortalecer os tucanos como uma alternativa eleitoral para 2018, ou bem provavelmente antes, caso Temer seja derrubado pelo Judiciário por conta da delação premiada da Odebrecht que está sendo preparada pela Lava Jato para o ano começo do ano que vem.

Somente uma mobilização independente dos trabalhadores em conjunto com os demais setores da sociedade pode combater efetivamente a impunidade dos ricos. Uma luta real contra a corrupção, passa também por um combate contra os ajustes que Temer e outros setores da direita vem orquestrando fazer. Também passa a questionar a relação espúrias que os grandes empresários possui com os banqueiros e grandes empresários.

Para isso achamos que é preciso lutar por uma Assembléia Constituinte Livre Soberana que seja imposta pela luta dos trabalhadores e demais setores populares da sociedade. Uma Assembléia que seja capaz de votar medidas como que todo político e funcionário de alto escalão que ganhe igual a um salário de professora da rede pública, revogabilidade dos mandatos, fim do senado que seja capaz de questionar este regime podre que os políticos corruptos e a Lava Jato fazem parte.

 
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