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PEC 55
Na liderança do Senado, PT diz não ter posição sobre suspender votação da PEC 55
Fernando Pardal

Jorge Viana, Senador do PT pelo Acre, foi subitamente colocado na presidência do Senad após o afastamento de Renan Calheiros pelo STF. Contudo, o líder do PT no Senado, Humberto Costa, afirmou que o partido não tem posição fechada pela suspensão da votação da PEC 55, que versa sobre os tetos nos gastos públicos e cuja votação em primeiro turno ocorreu em meio a uma brutal repressão a milhares de jovens e trabalhadores que protestavam contra ela em Brasília.

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O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), afirmou na manhã desta terça-feira, 6, em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, que não há nenhuma posição fechada na bancada para suspender a votação da PEC do Teto dos Gastos, prevista para ocorrer em segundo turno na próxima terça-feira (13) no plenário da Casa.

Há o receio de governistas de que, com o afastamento de Renan Calheiros (PMDB-AL) da presidência do Senado, determinado liminarmente nesta segunda-feira, 5, pelo ministro do STF Marco Aurélio Mello, o petista Jorge Viana (AC), que assume o comando da Casa, pudesse "travar" toda a pauta de votações do plenário - em especial a PEC do Teto.

"Não fechamos nenhuma posição sobre isso não", disse Humberto Costa, sobre a suspensão das votações. Os petistas do Senado já fecharam questão contra a PEC do Teto.

O líder do PT, que esteve nesta segunda com Renan e conversou com Jorge Viana, afirmou que a intenção é aguardar os desdobramentos da decisão do STF para definir uma posição sobre as votações do Senado. Para o petista, essa seria a ação mais "prudente" a ser feita.

Essa posição explicitada por Humberto Costa é um verdadeiro "balde de água fria" nos que pensavam que os petistas aproveitariam a oportunidade para barrar um dos principais ataques do governo golpista de Temer contra a juventude e os trabalhadores. Mais uma vez, o PT mostra que seu papel no regime político é o de ser uma "oposição responsável" e tentar cavar um espaço eleitoral para voltar em 2018 com Lula, na melhor das hipóteses.

Se nos protestos realizados durante a votação em primeiro turno no Senado os petistas tentaram aparecer como um setor "combativo" por meio de seus aliados e braços no movimento de massas - fundamentalmente na juventude, como a UNE e o Levante Popular - para tentar se relocalizar frente ao imenso desgaste que tem sofrido, a postura de seus parlamentares deixa claro como funciona esse jogo de cena, com uma divisão de tarefas clara.

A falta de disposição do petismo em dar um combate sério contra a aprovação da PEC já havia ficado nítida com as paralisações controladas orquestradas pela CUT e CTB, e pelo fato de que a caravana para Brasília não foi efetivamente organizada com a participação ativa de nenhuma das categorias onde essas centrais sindicais têm peso de direção. A tentativa do PT e seus aliados é de se recompor na juventude com uma cara combativa, enquanto no movimento operário mantém um controle burocrático para que nenhuma luta séria se desenvolva, e no parlamento continuem sua oposição "prudente", como a que deixou claro Humberto Costa.

 
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