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CRISE NO RIO
Na capital do Rio de Janeiro já não existe mais nenhum restaurante popular aberto
Fernando Pardal

Eram 16 restaurantes populares custeados pela Secretaria Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos (SEASD), que foram aos poucos fechando as portas. Hoje, já não resta nenhuma unidade aberta na capital, e as promessas feitas por Eduardo Paes de que a prefeitura assumiria a gestão não foram cumpridas.

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Restaurante popular no Méier, agora fechado Foto: Guilherme Pinto / Agência O Globo

Nessa segunda, foi a vez das unidades de Irajá e Niterói fecharem suas portas, se somando a outros dez restaurantes populares que estão com as atividades suspensas.

Sobraram quatro unidades abertas: Campo dos Goytacazes, Duque de Caxias, Nova Iguaçu e Volta Redonda.

Na capital já não se encontra nenhum local disponível para fazer as refeições a R$ 2,00, o que levou a que muita gente literalmente passasse fome. Relatos diziam que pessoas chegavam às portas das unidades fechadas e choravam de desespero. Outros, sem nenhuma opção para se alimentar, voltavam dia após dia com a esperança de que eventualmente os restaurantes voltassem a abrir as portas.

Enquanto a população mais pobre se via sem opções e desesperada pelo fechamento das unidades, uma a uma, do alto de seus privilégios e cinismo o deputado Pedro Fernandes (PMDB), propunha o aumento do preço das refeições para R$ 5,00 "nem que comam de dois em dois dias".

Os pobres, é claro, pois suas fartas refeições estão muitíssimo bem garantidas, graças ao custo de R$ 76,88 desembolsado por cada cidadão fluminense para manter os deputados em 2015, o que seria mais que suficiente para pagar por duas refeições por dia do mês nos restaurantes populares que ele e Pezão querem fechar.

Eduardo Paes havia assumido publicamente o compromisso de que o município do Rio tomaria para si o custo de R$ 2 milhões mensais para manter os restaurantes abertos. Até agora, nada. O que a prefeitura diz é que o estado ainda não devolveu a minuta do termo de convênio assinada para firmar o acordo. Já o estado diz que solicitou uma alteração no documento, e até agora não recebeu resposta da prefeitura. A SEASD diz que “Não houve nova tramitação no processo. Até o presente momento, o convênio continua na PGM, certamente passando por avaliação jurídica”. E a prefeitura afirmou que, agora, a decisão só será tomada na próxima gestão, do bispo do PRB, Marcelo Crivella.

Até lá, os pobres que passem fome. Porque Paes, Crivella, Pezão e os deputados continuarão muitíssimo bem alimentados.

 
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