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PEC 241(55)
Mais de 40% dos brasileiros desconhecem a "PEC do fim do mundo", aponta pesquisa
Valéria Muller

A pesquisa foi realizada pelo Instituto Ipsos e ouviu 1200 pessoas na primeira quinzena de novembro. A porcentagem de entrevistados que não conhece a PEC é de 43%, chegando a 56% nas parcelas de menor escolaridade.

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Outro dado que demonstra a pesquisa é que 42% dos entrevistados são contrários à PEC da morte, enquanto apenas 17% são favoráveis. Do total de entrevistados, 40% não tem posição definida, número semelhante dos que responderam desconhecer a PEC.

Esse dados demonstram, primeiramente, uma grande rejeição à medida proposta pelo governo Temer. Dentre os que conhecem a proposta, a grande maioria é contra. Isso se deve às mobilizações da juventude que ocupa escolas, universidades e institutos federais pelo país, com o apoio dos trabalhadores das instituições de ensino em greve e de parte dos professores. Esses setores se expressaram nas ruas nos dias 11 e 25, e o número de pessoas que rejeita a PEC poderia ser muito maior se as grandes centrais sindicais do país, como CUT e CTB tivessem mobilizado suas bases, com assembleias nos locais de trabalho, para esses dias de luta.

O papel da mídia burguesa se expressa principalmente na grande quantidade de pessoas que desconhece a PEC. Teoricamente, o dever dos veículos comunicação de massas teria que ser informar a população sobre os assuntos pertinentes. Uma medida que congela gastos dos serviços públicos mais básicos durante os próximos 20 anos ser desconhecida de uma parcela tão grande da população demonstra que a mídia é, na verdade, uma importante ferramenta do governo e da classe dominante para que esse e outros ataques passem despercebidos.

Por outro lado, os dados escancaram o quão antidemocrático é este governo golpista. Os próximos vinte anos de gastos do governo estão sendo decididos sem que uma grande parte dos brasileiros, sobretudo as camadas mais afetadas pela falta de investimento em serviços públicos, sequer saiba que esse ataque está ocorrendo.

A pesquisa coloca novamente no centro as tarefas dos setores em luta: tomar as ruas, dialogar com a população e ganhar apoio na luta contra o congelamento do futuro do país e de todos os ataques que estão por vir. Estudantes das ocupações, professores e técnicos-administrativos em greve precisam atuar em conjunto para fazer com que essa luta ultrapasse os muros da universidade.

É necessário cortar gastos de onde sobra, e não de onde é mais precário. Por isso, lutar pelo não pagamento da dívida pública, que hoje consome quase metade do orçamento e serve somente para enriquecer banqueiros. Além disso, pressionar as grandes centrais sindicais do país, com CUT, dirigida pelo PT, e CTB, dirigida pelo PCdoB, para que rompam sua trégua ao governo golpista, organizando desde as bases das categorias de trabalhadores uma grande greve geral contra Temer e seus ataques.

 
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