Foto: Mansão do banqueiro Edemar Ferreira
De acordo com dados do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego oferecido pelo site do Estadão, do ministério do trabalho, o Brasil perdeu 74.748 vaga de emprego formais em outubro deste ano. Até outubro, 751.816 trabalhadores perderam o seu emprego. De outubro do ano passado até outubro deste ano, o País registrou o fechamento de 1.500.467 vagas formais.
Para os analistas do mercado financeiro consultados pela Agência Estado, o número de desempregados ficou dentro da estimativas. A instituição projetou um intervalo de 23 expectativas, todas negativas, de 71.400 a 124.123 postos, com mediana de 94.000.
O setor da construção civil foi o setor que teve mais desempregados no mês passado. Ao todo 33.517 trabalhadores foram mandados embora. O setor de serviços também registrou forte perda de empregos, com saldo negativo de 30.316. As demissões também atingiram a agropecuária (-12.508), administração pública (-2.568), serviços industriais de utilidade pública (-1.703).
Enquanto milhares de famílias perdem a fonte do seu único sustento, os grandes empresários e banqueiros estão ainda lucrando com o suor dos trabalhadores.
Apesar da imensa crise econômica que o Brasil está passando, cerca de 10 mil brasileiros se tornaram milionários em 2016.
Isto torna o discurso de que os patrões estão demitindo porque estão sem dinheiro uma verdadeira falácia. Na verdade, o objetivo dos grandes empresários e banqueiros ao realizar estas demissões é simplesmente cada vez aumentar a sua taxa de lucro. Enquanto vivem no luxo, empurram milhares de trabalhadores e setores populares da sociedade na linha da miséria.
As demissões no país estão correndo a todo vapor, porque os patrões querem abrir caminho para a terceirização e todo tipo de modalidade de trabalho precário. Conforme já discutimos neste portal, são estes grandes empresários e banqueiros em conluio com os deputados e senadores que atuam para poder implementar a reforma trabalhista, cujo um dos eixos é a terceirização universal.
Mais do que nunca é preciso um verdadeiro plano de luta para poder barrar as demissões. Visando exclusivamente como se oferecer como oposição responsável que possa se eleger em 2018, o PT que dirige CUT e através de seus aliados do PCdoB na CTB garantem um pacto com o governo de Temer e não estão organizando efetivamente a luta contra as demissões e os ataques contra os trabalhadores. É preciso garantir a união com os estudantes que ocupam suas escolas e universidades para superar esses limites, garantir verdadeira organização nos locais de trabalho para desafiar a Temer, o STF, o Congresso e todos ataques patronais.
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