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Deputado do RJ sugere que pessoas se limitem a comer "de dois em dois dias"
Redação Rio de Janeiro
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Enquanto as grandes empresas seguem bem alimentadas pelo governo do RJ através das isenções fiscais, o deputado Pedro Fernandes (PMDB) ao afirmar não ser possível manter as refeições ao valor de R$ 2, defende que se aumente o valor para R$ 5, “nem que comam de dois em dois dias”.

Em audiência pública na ALERJ, nesta segunda (21/11), que colocou em pauta a discussão de medidas para evitar o fechamento de mais restaurantes populares, o deputado Pedro Fernandes/PMDB, sugeriu como medida o aumento do preço da refeição (de R$ 2 para R$ 5). O deputado afirmou estar empenhado em buscar alternativas para que mais restaurantes não sejam fechados, pra além de 11 que já foram fechados. E ainda disse que “é melhor comer pagando R$ 5 do que não comer”.

O Rio de Janeiro atravessa um período turbulento, onde o governador Pezão (PMDB) lança seu pacote de maldades e austeridade para fazer com que o funcionalismo de setores essenciais como os de saúde e educação paguem a conta da crise.

Não bastasse todo o cenário de piora das condições de vida de cada vez mais trabalhadores que estão no desemprego e na pobreza, a declaração deste deputado deixam claras as prioridades do governo do RJ. Preferem aumentar a fome dos mais pobres para seguir garantindo a “responsabilidade” fiscal do pagamento da dívida, das renúncias fiscais às grandes empresas.

De acordo com o próprio jornal O Globo, estes legisladores cariocas são dos mais caros do país: dividindo o custo dos parlamentares pelos habitantes do estado, em 2015 cada fluminense gastou R$ 76,88 reais para manter os 70 deputados estaduais e suas mordomias. Em Minas, esse custo foi de R$ 55,64 e, em São Paulo, de R$ 29,40.

A porcentagem que essa casta representa no orçamento do estado também vem aumentando progressivamente, como apontado pelo editorial: a Alerj foi responsável pelo gasto de 1,61% do orçamento estadual em 2014, e no seguinte esse percentual subiu para 1,93%.

É escandaloso que esta casta política corrupta, milionária e privilegiada sugira que os trabalhadores e jovens devem sacrificar-se para seu bem-estar. Como levantamos na candidatura de Carolina Cacau para vereadora do MRT no RJ, todo político - inclusive os vereadores - deve receber o mesmo salário de um trabalhador, ser eleito e revogável, um passo que ligaria o questionamento da casta política que administra o sistema, ao questionamento do próprio sistema capitalista como um todo. Absurdos como esse devem levar os trabalhadores a pensar que podem não apenas fazer política independente, mas buscar um governo próprio que rompa com o capitalismo.

 
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