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ELEIÇÕES SINTUSP
Renovação e tradição no SINTUSP
Redação

Diana Assunção e Bruno Gilga falam sobre sua saída da diretoria do SINTUSP, a entrada de novos companheiros na Chapa 1 – Sempre na Luta, e a batalha pra manter e aprofundar a combatividade, a democracia operária e o classismo no sindicato.

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ED – Vocês são parte da diretoria do Sintusp que está concluindo seu mandato, e não estão concorrendo nas eleições que acontecem nessa semana. O que significa essa saída?

Diana Assunção – Eu estou completando meu segundo mandato na diretoria do Sintusp, o companheiro Bruno Gilga seu primeiro, e achamos fundamental que haja renovação nas diretorias dos sindicatos. Nossa saída abre espaço pra entrada de outras companheiras e companheiros, Patrícia Galvão, trabalhadora da FFLCH, Babi Della Torre, trabalhadora do Hospital Universitário, e Adriano Favarin, trabalhador da Odontologia, que como nós constroem o Movimento Nossa Classe, e que são parte de uma importante camada de jovens trabalhadores que a partir das últimas greves se integrou à vanguarda organizada no SINTUSP. O Sintusp tem demonstrado uma grande capacidade de incorporar os ativistas que despontam nessas lutas, e nós do Nossa Classe achamos que essa renovação deve chegar até a diretoria do sindicato, com companheiros que tem provado seu valor na luta. Ao mesmo tempo, nós estamos dando todo nosso apoio à Chapa 1 – que felizmente tem quase metade de seus membros de fora da atual diretoria -, e de todo modo seguiremos sendo parte do Sintusp e buscando contribuir a partir de organismos como o Conselho Diretor de Base, que tem seus membros votados a partir de cada local de trabalho.

ED – Já outros membros da diretoria fazem parte da Chapa 1, certo?

Bruno Gilga – Sim, inclusive os companheiros que também constroem conosco o Movimento Nossa Classe, Marcello Pablito, que é trabalhador do bandejão e tem acumulado experiência nos enfrentamentos da categoria coma reitoria, e Claudionor Brandão, que junto a outros companheiros é parte da rica tradição de combatividade e democracia operária da direção da categoria. Nós achamos que a renovação não pode ser um discurso a serviço de desprezar os grandes exemplos e lições acumuladas. O Sintusp é denunciado pela burguesia como um dos sindicatos que mais lutou no país, que inclusive te mais dias de greve nas últimas décadas, e é reconhecido na vanguarda pelos seus exemplos de democracia operária, assembleias onde todos realmente falam e decidem pelo voto da maioria, e nas greve um comando de delegados eleitos na base no qual a diretoria se dissolve. Nós achamos que é fundamental preservar e aprofundar essas qualidades, bem como os elementos de classismo na solidariedade aos trabalhadores de outras categorias e na unidade com os trabalhadores terceirizados e precários, participando de suas lutas e defendendo inclusive sua efetivação sem a necessidade de concurso público, e no apoio aos trabalhadores inclusive de outros países, e também a incorporação das demandas dos setores mais oprimidos da sociedade, assumindo pra si as lutas das mulheres, dos negros e LGBTs. Por isso é fundamental combinar a renovação com essa tradição, que tem servido pra dar tantos exemplos de enfrentamento e combate à reitoria, aos governos e à classe dominante.

 
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