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IGREJA
O Papa propõe perdoar as mulheres arrependidas que abortaram
Luigi Morris

Na Carta Apostólica, depois do Jubileu da Misericórdia, anunciou que "não existe nenhum pecado que a misericórdia de Deus não possa alcançar e destruir."

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O dia de ontem finalizou o Jubileu Extraordinário da Misericórdia, período que havia sido aberto como tempo de "indulgência e promulgação da Fé." Hoje, terça-feira, o Pontífice da Igreja católica deu a conhecer a Carta Apostólica que, dentro de outros pontos, se destaca pela mudança de posição de dita instituição em relação ao perdão do "pecado" de realizar um aborto.

Primeiro explica sobre o perdão que "não existe lei nem preceito que possa impedir a Deus voltar a abraçar um filho que regressa a ele reconhecendo que estava equivocado, mas decidido a recomeçar desde o princípio. Ficar somente na lei equivale a banalizar a fé e a misericórdia divina."

Para logo continuar sobre o que é um ponto controverso para a Igreja dizendo que "para que nenhum obstáculo se interponha entre a petição de reconciliação e o perdão de Deus, de agora em diante concedo a todos os sacerdotes, em razão de seu ministério, a faculdade de absolver a quem tem procurado o pecado do aborto. Quanto havia concedido de modo limitado para o período jubilar, o estendo agora no tempo, não obstante qualquer coisa contrária."

Imediatamente, como se fizesse falta a aclaração, expressou: "Quero enfatizar com todas minhas forças que o aborto é um pecado grave, porque põe fim a uma vida humana inocente. Com a mesma força, sem dúvida, posso e devo afirmar que não existe nenhum pecado que a misericórdia de deus não possa alcançar e destruir, ali onde encontra um coração arrependido que pede reconciliar-se com o Padre."

Como bem o demonstra em sua afirmação de considerar o aborto como um "pecado grave", Bergóglio é um inimigo tenaz do direito ao Aborto Seguro, Legal e gratuito. Sua marca na política da Argentina é cada vez mais forte e sua ingerência sobra a vida das mulheres conta com o aval do Cambiemos e de setores opositores ao governo como a Frente Para a Vitória e Pátria Grande.

Na Argentina, pelas consequências de abortos clandestinos chegam mais de 60 mil mulheres a hospitais públicos e são a causa de mais de 300 mortes de mulheres por ano. Desde a Campanha Nacional pelo Direito ao Aborto junto com dezenas de organizações, exigimos que se trate de maneira urgente o projeto apresentado ante o congresso.

 
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