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PRIVILÉGIOS DOS POLÍTICOS
Padilha, com aposentadoria de 20 mil, demagogicamente diz abrir mão de parte do seu salário
Ítalo Gimenes
Mestre em Ciências Sociais e militante da Faísca na UFRN

Eliseu Padilha, ministro da Casa Civil, faz discurso demagógico dizendo que irá abrir mão de parte do seu salário que excede o teto constitucional fixado para servidores e agentes públicos. Passou longe, ainda sim de tocar nos seus privilégios de político, com uma aposentadoria de 20 mil reais.

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O ministro da Casa Civil disse hoje, 18, à “Rádio Gaúcha” não se sentir confortável de receber mensalmente um valor excede o teto constitucional, ainda que defenda a legalidade dele e outros ministros em fazê-lo, em tempos de ajustes e cortes nos serviços públicos, como são a PEC 241/55 e a Reforma da Previdência, medidas que ele ao lado de Temer quer executar para fazer com que a maior parte senão toda da crise seja paga pelo trabalhador e pela população pobre do país.

Padilha recebe aposentadoria no valor de R$20 mil relativa aos seus mandatos de deputado federal, mais um salário de R$ 30,9 mil, enquanto aquele teto imposto aos servidores e agentes públicos é de R$33,7 mil. O ministro disse que irá ficar com a aposentadoria e doar o excesso de seu salário que ultrapasse esse teto. Como se sujeitar-se a viver com um salário de R$33,7 mil fosse qualquer sacrifício ou uma postura coerente com os “acertos com as contas públicas”. Não passa de um puro ato de demagogia vergonhosa.

Padilha e outros dois ministros que também recebem acima do teto tiveram seus salários divulgados após a abertura de uma Comissão Extrateto no Senado pelo seu presidente Renan Calheiros, que visa investigar os casos de salários que ultrapassem o teto. Essa comissão, tampouco a atitude de Padilha, servem de exemplo para combater os privilégios dos políticos. Querem criar a ilusão de que estão cortando da própria carne para resolver a crise, enquanto criam medidas, como as já citadas, que garantem que banqueiros e empresários, os verdadeiros responsáveis pela crise, na verdade consigam lucrar com ela às custas de uma deterioração completa das condições de vida do trabalhador. Além de um jogo político de Renan com a Lava Jato, uma vez que o próprio esta ameaçado pela operação.

Devemos sim questionar e acabar com o privilégio desses políticos corruptos,que se beneficiam com dinheiro público enquanto a população vive em condições precárias. É através da luta, das ruas, das ocupações contra os ataques desse governo golpista que podemos criar um movimento nacional capaz de impor uma nova Assembleia Constituinte, que seja livre e soberana, onde sejamos sujeitos para acabar com os privilégios dos políticos fazendo com estes recebam um salário de uma professora da rede pública, o salário de um trabalhador comum, e questionar todo esse sistema que impõe miséria para a maioria da população e privilégios e riqueza para a minoria.

 
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