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ECONOMIA NACIONAL
Retração na economia continua mesmo com Temer, segundo Banco Central
Fabricio Pena
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Segundo informações divulgadas pelo Banco Central, a economia brasileira permanece em contração. Dia 30 de novembro será divulgado pelo IBGE o resultado oficial de impacto no Produto Interno Bruto (PIB). Junto a isso, poderemos ver os malabares feitos pelos economistas para dizer que com Temer o país crescerá.

Referente ao terceiro trimestre deste ano, apontam para uma suposta esperança de retomar o crescimento, onde a retração comparando com o segundo trimestre foi de +0,79%. O que aponta para continuidade da recessão, que já alcança o sétimo semestre consecutivo.

Os analistas burgueses prevem que a economia brasileira que fechou 2015 com queda de 3,8%, fechará este ano com queda de 3,2%. Apontam para 2017 uma alta de 1,6%, com muita convicção e poucas provas. Até mesmo o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, foi mais cauteloso dizendo que a arrecadação poderá ser mais baixa no próximo ano. O ministro complementa apontando talvez um crescimento para o final de 2017.

Os economistas do BC se apegam a alguns dados para apontar essa suposta esperança de crescimento pós golpe. Onde comparando o nível de atividade registrado, sempre com o mês anterior, setembro foi o terceiro do ano que fechou com alta. Sendo apenas três: abril (+0,19%), junho (0,26%) e setembro (+0,11%). Analisando todo o período, com ajuste sazonal, a retração é de 5,19% ao todo.

As previsões mais otimistas do BC quando chocados com a realidade se contradizem. Hoje chegamos a 11,8 milhões de desempregados, queda de 3% na renda dos trabalhadores empregados (comparando com mesmo período de 2015). O endividamento é crescente, segundo pesquisa da CNC, já alcança 58% das famílias brasileiras, 24,4% tem contas em atraso e 9,8% já não tem como pagar suas contas.

Tudo isso juntando com o crescimento de 62% de empresas que decretaram falência até o mês de setembro, deixando milhares de trabalhadores desempregados. O investimento das indústrias no último semestre foi de +0,4%, que não supre nem de perto a necessidade de toda massa desempregada.

Como muito bem exposto aqui, temos a frente outro fator importante pesando nesta conta, Trump. O próximo presidente da principal economia do mundo aumentará o protecionismo interno, levando a uma valorização do dólar, resultando na queda do real, como já podemos ver ensaios neste semestre.

O projeto do governo golpista de Temer é colar em Trump já mostrando todas possibilidades de privatização no país. Abrindo a exploração do pré-sal para empresas imperialistas como a Shell. Aposta também em descarregar a crise ainda mais nas costas dos trabalhadores com a PEC 55 (241), retirando de quem menos tem para proteger o lucro dos ricos.

Os ricos que pagam imposto de apenas 6,51% de sua renda, sem contar os milhões sonegados por estes. Dados apontam que 90% da sonegação vem dos 10% mais ricos, principalmente do 1% mais. São trilhões de reais mantidos no bolso de poucos, enquanto o governo Temer faz de tudo para em momentos de crise retirar dos trabalhadores para manter os privilégio dos ricos.

 
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