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GOVERNO TEMER
Jucá é a nova liderança do governo no Congresso
Ana Júlia P.
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Romero Jucá foi escolhido o novo líder do governo no Congresso. Oficializado nessa quinta (17), a escolha foi publicada no “Diário Oficial da União”, com mensagem assinada pelo presidente Michel Temer. O senador do PMDB-RR já foi da liderança dos governos de Fernando Henrique Cardoso, Lula e Dilma. Jucá pretende priorizar pautas econômicas e fazer com que deputados e senadores atuem em harmonia, já que, segundo ele “[...] muitas matérias que caminham em uma casa acabam paradas em outra...”. Além disso, Romero Jucá vê a necessidade de votar uma regulamentação para a tramitação de medidas provisórias.

Num momento de profunda crise que nosso país está passando, Temer precisa de um relativo consenso entre todos os setores para trazer certa estabilidade, para conseguir aplicar suas medidas impopulares. As divisões pró-judiciário e pró-governo em contradição, não contribuem na aplicação dos ataques da parte do governo. O risco de não se cumprir o que foi acordado com empresários e banqueiros traz grande risco para o próprio presidente, que deixando essas camadas em desagrado, pode cair nas mãos do judiciário.

Um governo ilegítimo tem um representante igualmente ilegítimo. Jucá esteve no centro de um grande escândalo, quando, em maio, gravações de suas conversas com Sérgio Machado (ex-presidente da Transpetro) vieram a tona. Nos diálogos, o senador dizia que o processo de impeachment era necessário para atrapalhar a Lava Jato, tornando-o um genuíno representante do golpe. O novo líder é alvo de sete inquéritos no Supremo Tribunal Federal, sendo dois da Lava Jato. Porém, o Planalto alega que Jucá e outros de seus aliados que possuem problemas na Justiça não são condenados.

Michel Temer justificou sua escolha, e disse que Romero Jucá "ainda não teve a morte política e nem civil decretada" e que não haveria problema em assumir a função. Além disso, expôs que "[Jucá] é senador. Deixou o governo, e não foi demitido. É senador, fez trabalho excepcional”. Para um presidente golpista que considera sua ascensão ao poder fidedigna, é de se esperar dizeres que um senador investigado em sete inquéritos fez um bom trabalho.

 
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