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REPRESSÃO RJ
Luciana Genro aplaude forças repressivas do RJ
André Barbieri
São Paulo | @AcierAndy

Para Luciana Genro do MES, corrente interna do PSOL, a exigência de mais militarização e a proposta reacionária de integração da Guarda Municipal com a Brigada Militar, que dentre outros direitismos a levou à derrota esmagadora nas eleições municipais de Porto Alegre, não deixou lições.

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Em meio aos ataques de Pezão do PMDB contra o funcionalismo público do Rio de Janeiro, Luciana aplaude os agentes das forças repressivas.

Os trabalhadores da segurança pública têm sido fundamentais neste processo de luta. Os policiais militares e bombeiros estão em rebelião contra os projetos do governo. Hoje mesmo dois policiais do batalhão de choque, escalados para reprimir os protestos, se recusaram a obedecer e juntaram-se aos manifestantes”, escreve Luciana em sua conta de Facebook.

Professores, servidores da saúde, estudantes que se enfrentam contra a repressão policial do governo, o parcelamento dos salários e as precárias condições de ensino desaparecem do cenário. Para Luciana Genro, estes são os “fundamentais trabalhadores da segurança pública” (levaram inclusive um carro de som em que levantam a bandeira de "Intervenção militar já!"), que de trabalhadores não tem nada: são cães de guarda da propriedade privada exigindo melhores condições materiais de repressão, e debilitam a luta dos servidores.

A moda de aplaudir todo tipo de organização policial foi parte da direitização do discurso político do MES, que na figura de Genro defendeu ainda a terceirização do trabalho e as parcerias público-privadas com os empresários em POA.

Os policiais que protestam contra o pacote de Pezão exigem que sejam tratados com privilégios corporativos separados dos demais servidores, deixando claro que estão a favor que os ataques a professores, servidores da saúde e demais trabalhadores se concretizem, desde que “fiquem fora do pacote” do PMDB.

Esta divisão da corporação policial, entre os “fiéis” e infiéis” ao governo do estado, mostram dois lados que estão contra os trabalhadores e a população. A repressão na ALERJ não veio apenas dos policiais que faziam o cerco, mas também por parte dos que estavam se “manifestando”, como um policial aposentado que agrediu professores com spray de pimenta e outros que ameaçaram pessoas com bandeiras de organizações políticas de esquerda.

Um complemento adequado à política golpista do MES, pela via da reivindicação de Sérgio Moro como herói nacional e a defesa religiosa da Lava Jato, e até mesmo das “Dez medidas contra a corrupção do MPF” que visam generalizar as práticas arbitrárias e repressivas, atacando até mesmo o direito a habeas corpus. Ou seja um apoio, a prática das prisões preventivas, sem condenação e sem possibilidade de defesa efetiva, das condenações montadas em cima de delações sem necessidade de prova material, métodos que hoje se voltam contra o PT e setores da casta política, mas que busca recair ainda com mais força contra a classe trabalhadora e os movimentos sociais.

Em outra postagem de hoje, Luciana escreve “É preciso defender a continuidade da Lava Jato, que investigue todos!”, apoiando no ministro do STF Luiz Roberto Barroso, chefe de campanha no Supremo da reforma trabalhista e do fim do direito de greve do funcionalismo.

Luciana Genro com essa seqüência de posições escancara como sua posição leva em consideração em primeiro lugar um "oposicionismo" abstrato, sem pensar as classes sociais e programas. Assim tanto faz os procedimentos e fins da Lava Jato, tanto faz que policiais sejam repressores e queiram intervenção militar, o que importa é ser oposição ao governo. Essa posição se relaciona com sua matriz teórica na corrente conhecida como morenismo, é continuidade da absurda posição de sua corrente que aplaudia manifestantes fascistas na Ucrânia porque protestavam contra o governo. Não considerar os sujeitos, as classes e o programa leva a se abraçar não só com Moro, mas também a quem queira Bolsonaro e Ustra.

foto Danilo Verpa

 
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