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DEUSES DA TOGA
Lava Jato e deputado do DEM negociam isentar MPF de cumprir a lei
Daniel Andrade
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O deputado federal Onyx Lorenzoni, DEM, é o relator da proposta de "Dez medidas para combate a corrupção". Em seu relatório, após pressão da Lava Jato foi retirada a proposta de incluir uma emenda de "responsabilidade" e "abuso de autoridade" do judiciário.

Os eloquentes e celebrados popstars da toga protestaram contra a proposta que visava lhes coibir em suas ações. Para eles, colocar no papel "abuso de autoridade" seria conter a Lava Jato. Trata-se de uma confissão de que a operação funciona rasgando a jurisprudência, generalizando medidas repressivas e autoritárias, como escutas ilegais, delações e prisões sem julgamento.

Dallagnol, procurador chefe da operação comemorou em sua rede social como "cidadão" o recuo de Onyx em incluir emenda que o declarava um reles mortal, alguém que deve seguir a lei.

Nas entrelinhas de seu post Dallagnol comemora também como foi mantida a "cooperação internacional". Os procuradores da Lava Jato e o juiz Sérgio Moro são citados como "bons interlocutores" dos interesses dos EUA nos documentos secretos vazados, os chamados wikileaks. (Saiba mais clicando aqui)

Como o Esquerda Diário vem mostrando, essas medidas significam um salto repressivo, praticamente extinguindo o direito a habeas corpus. A disputa do MPF com deputados e senadores visa unicamente saber se eles são deuses acima da lei ou não, não há um questionamento sobre o caráter arbitrário e repressivo das medidas. Há setores da esquerda que não só aplaudem a Lava Jato como apoiam essas medidas repressivas que cedo ou tarde se voltarão contra a classe trabalhadora, como temos argumentado em diferentes polêmicas com Luciana Genro, principal expoente de uma "esquerda Lava Jato".

O fortalecimento dessa instituição e seus poderes arbitrários levará a aumentar o que os pobres, negros e os trabalhadores já sofrem nas mãos da justiça brasileira que mantém 40% da população carcerária presa sem sequer ter sido julgada. Desmascarar o judiciário é parte constitutiva de construir uma esquerda anticapitalista e revolucionária no país, do contrário se falará de socialismo mas se apoiará Moro e companhia em uma escalada de retirada de direitos civis enquanto o STF completa o trabalho de Temer nos retirando direitos sociais.

 
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