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MÉXICO-ESTADOS UNIDOS
Em plena transição Peña Nieto e Trump agendam reunião.
Bárbara Funes, México D.F.

Para "definir com clareza a relação entre ambos os países" será o encontro entre Trump e Peña Nieto anunciado pelo presidente mexicano, que destacou que o "diálogo é o melhor caminho". Assim iniciam as relações bilaterais na nova era estadunidense.

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Na reunião acordada - a qual ainda não se conhece a data - se estabeleceram os temas da nova agenda bilateral.

Em declaração a empresa local, Peña Nieto afirmou " Combinamos que nossas equipes entrem em contato para começar a delinear uma nova agenda de trabalho que incorpore os temas de interesse comum como são a segurança, a cooperação e a prosperidade de nossas sociedades".

Assim mesmo, destacou que felicitou ao presidente eleito e expressou "que México sempre terá a disposição para construir com o governo estadunidense uma agenda de trabalho que permita impulsionar a prosperidade de suas sociedades."

Alardeou que com Trump, estão de acordo em construir uma relação de confiança, de futuro compartilhado, " porque nossos países são muito importantes um para o outro". "México e Estados Unidos são aliados, sócios e vizinhos. Quando o México vai bem, os Estados Unidos vão bem. E quando os Estados Unidos vão bem, o México vai bem também."

Peña Nieto ressaltou a disposição de Donald Trump, manifestada em seu discurso em busca por obter triunfo " de trabalhar com todas as pessoas, com todas as nações, buscando coincidências e não hostilidade, alianças e não conflitos".

Ao final do discurso, o presidente outra vez tentou relativizar a volatilidade dos mercados desencadeada pós a vitória do candidato republicano e como afeta isto o México.

Da sua parte, a câmara de Senadores também prometeu uma visita ao novo presidente eleito, a tempo de ratificar a "fortaleza macro-econômica" do México e a importância de manter o Tratado de Livre Comercio.

O futuro com Trump

A primeira reunião que Peña Nieto manteve com Trump, durante a campanha eleitoral estadunidense recebeu o magnata como se fora chefe de Estado, mesmo com grande parte de sua campanha centrada em insultar os mexicanos. Tanto repúdio gerou em todos os setores que Peña Nieto se viu obrigado a despedir o gestor das reformas estruturais, seu amigo Luis Videgaray, ex secretário da Fazenda e Crédito Público.

Agora, que assumirá como presidente, as promessas de Donald Trump de deportar a todos os imigrantes sem documentação, de romper com o Tratado de Livre Comercio (TLC) e construir um muro e paga-lo com as remessas que enviam os imigrantes são ameaças que pairam no horizonte.

As transnacionais e os governos imperialistas implantaram o livre comércio para seu próprio benefício e enriquecimento. No mesmo sentido se alçou o discurso de Trump durante a campanha, e mediante este discurso atraiu o voto dos milhões de trabalhadores estadunidenses que perderam seus empregos com a relocalização industrial.

Contra o discurso xenófobo do magnata que regerá o destino da principal potência do mundo, a classe trabalhadora de um e outro lado da fronteira devem superar as divisões criadas pela burguesia e seus ideólogos.

São as trabalhadoras e os trabalhadores do México e Estados Unidos quem ergueram com seu esforço as fortunas dos Trumps do mundo, deixando sua vida nas linhas de produção, no transporte, nos campos agrícolas do agrobusiness.

O terror desatado contra os imigrantes põem em piores condições o conjunto da classe trabalhadora. Hoje os imigrantes estão precisando aceitar piores condições de vida e trabalho inclusive sobre a gestão de Obama.

Os empresários aproveitaram para baixar os salários do conjunto da classe trabalhadora. Caso se concretize o fim do TLC, parte importante da industria manufatureira, que depende das exportações das maquiladoras mexicanas, entraria em crise. Pode haver fechamentos e demitidos também em solo estadunidense.

Mais do que nunca, urge a necessidade da unidade entre a classe trabalhadora multiétnica em ambos os lados da fronteira. Só está unidade pode parar o ataque de Trump, Peña Nieto e dos empresários. Só os trabalhadores podem dar uma saída favorável aos seus interesses e das grandes maiorias, independente das distintas variantes da classe dominante de um e de outro lado.

Tradução: Gustavo Anversa

 
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