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CRISE NAS ALTURAS
Aprofunda a crise política entre os de cima
Guilherme de Almeida Soares
São Paulo

Um sinal de alerta acendeu entre membros do PSDB e integrantes do governos nos últimos dias. Cresceu o temor de que o ministro Herman Benjamin recomende a cassação da chapa Dilma-Temer, sem separação de presidente e vice. Benjamin é o relator das ações no Tribunal Superior Eleitoral e já se fala que seu voto não demorará a ser divulgado

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De acordo com os auxiliares de Temer, uma recomendação dessa natureza geraria incertezas no mercado financeiro.

Por sua vez, os procuradores da República que integram a força tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba afirmaram nesta quarta - feira,9, uma nova ofensiva no Congresso para ’’enterrar investigações’’ e anistiar executivos de empresas acusadas de corrupção. De acordo com eles, uma proposta que muda a regra para acordos de leniência abre brecha para livrar empresários de punição penal.

De acordo com o procurador regional da República Carlos Fernando dos Santos Lima, da força tarefa em Curitiba : “Significa que, se uma empreiteira que teve os executivos condenados fizer um acordo com o Executivo, nos termos desse projeto, mesmo presos e já condenados, eles terão sua punibilidade extinta, serão imediatamente soltos por não terem mais responsabilidade por crime algum”.

A proposta em questão está em um projeto substitutivo em elaboração pelo líder do governo na Câmara, Andre Moura. Esta medida altera a Lei Anticorrupção, que vigora desde 2013, para incluir várias regras de interesse de empresas investigadas na Lava Jato. Algumas se assemelham ás da medida provisória 703, editada pela ex-presidente Dilma Rousseff no fim de 2015 e que foi alvo de criticas da força tarefa de Curitiba.

Mais uma vez: Rumo a mãos limpas brasileira?

Mesmo que o presidente golpista Michel Temer tenha demonstrado ter pressa para implementar fortes ataques contra os trabalhadores e demais setores populares, o imperialismo mostra que as ações do atual governo brasileiro estão sendo insuficientes.

Esta denúncia dos procuradores gerais que fazem parte da Operação Lava Jato contra o Congresso Nacional, mostra que o imperialismo também está disposto avançar contra os deputados e senadores. De um lado, os acordos que os membros do congresso possuem com as empresas nacionais é uma barreira para que o imperialismo ganhe terreno no mercado brasileiro e do outro, estes deputados e senadores também estão vacilando para implementar as medidas impopulares.

Como ocorreu na Itália com a Mãos Limpas, cada vez mais a Lava Jato tem a pretensão de trocar os atuais políticos da ordem por outros que consigam implementar as medidas impopulares que o imperialismo deseja. Lembrando que a operação Mãos Limpas não combateu a corrupção na Itália, até porque colocou o mafioso e ultraliberal do Berlusconi no governo.

Se de um lado temos que criticar a Lava Jato e o seu verdadeiro papel que ela cumpre, do outro é preciso dizer que estes senadores e deputados estão a serviço destes grandes empresários e corruptos. São estes senhores que estão votando inúmeros ataques para fazer com que os trabalhadores e demais setores populares da sociedade paguem pela crise econômica que o país está vivendo.

Contra este cenário que está colocado, mais do que nunca é preciso que a CUT e a CTB rompam com o pacto feito com Temer e coloque em pé um verdadeiro plano de luta efetivo para construir na base uma greve geral no país. Só assim iremos barrar os ataques dos governos, assim como combater a impunidade dos políticos dos ricos.

 
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