O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), anunciou que, ao concluir seu mandato no final desse ano, pretende viajar para Nova Iorque em 2017. Contudo, tem intenção de se candidatar ao governo do estado em 2018. Trazemos a nossos leitores um breve histórico de "grandes momentos" de Paes na prefeitura do Rio.
Quem não se lembra do grampo da conversa telefônica entre Lula e Eduardo Paes que foi "vazado"? Em que o prefeito diz a Lula para deixar de ter "alma de pobre" e comprar um sítio em Atibaia que, em sua visão, seria um lugar ruim, "de pobre", equivalente a - se fosse no Rio de Janeiro - Maricá. Relembre a conversa abaixo.
Paes fez a ciclovia Tim Maia para enfeitar a cidade para as Olimpíadas mas... veio a onda e levou, menos de três meses depois da conclusão da obra de R$ 45 milhões. O saldo foi uma morte, e Paes, claro, quis culpar a onda. Raul Seixas, décadas antes, já tinha inocentado as ondas:
6) Ameaça de demissão e repressão de garis grevistas
Frente à poderosa greve dos professores de 2013, esteve lado a lado com Cabral para reprimir a greve da categoria. Declarou que "A gente não pode viver sob ameaça. Estamos fazendo o que é melhor para a população, para prefeitura e pela categoria."
8) Removeu mais de 67 mil pessoas
Paes foi um recordista na remoção de pessoas de suas casas para a Copa e as Olimpíadas, chegando a 67 mil remoções, mais do que Pereira Passos e Carlos Lacerda juntos. Alguns casos são emblemáticos, como o da Vila Autódromo
Leandro Azevedo, executivo da Odebrecht, cita Paes em sua delação premiada dizendo como fazia para acalmar o "nervosinho" durante as obras das Olimpíadas. Os meios para acalmá-lo todos podem imaginar, mas possivelmente logo saberemos em detalhes.
12) O desaparecimento das vigas da Perimetal e uma "lembrancinha" para o prefeito
O "nervosinho" disse que era inacreditável quando ocorreu o "discreto" furto de seis vigas que pertenciam à perimetral durante seu desmonte. Cada uma delas tinha 40 metros e 20 toneladas, e no total seriam suficientes para erguer duas torres Eiffel. Sua durabilidade era calculada como "praticamente eterna", e haviam sido fabricadas na CSN. O valor estimado do roubo é de R$ 280 milhões.
Depois de críticas da delegação australiana (e diversas outras) sobre os problemas nas instalações da Vila Olímpica, Paes ironizou dizendo em entrevista coletiva "Eu estou quase colocando um canguru na frente do prédio pra fazer com que eles se sintam mais em casa". Em resposta, os australianos disseram "Não precisamos de cangurus, mas sim de encanadores". Depois, recebeu dos australianos um canguru de brinquedo de presente em homenagem à sua calorosa recepção. Na inauguração da Vila, Paes havia dito "A Vila representa o mundo que sonhamos".
Depois dessas excelentes gestões, Paes pode descansar tranquilamente até a eleição para governador. Mas, como ele não tem "alma de pobre", não será em Maricá, mas sim em Nova Iorque.