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AGENDA
Para Armínio Fraga, “arrumar a casa” passa por atacar os trabalhadores
Lourival Aguiar Mahin
São Paulo

O ex-presidente do BC no governo FHC argumenta que mesmo a PEC 241 e a reforma da previdência são insuficientes para seu gosto. Quer mais e mais ataques.

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O empresário Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central (BC) no governo tucano e atual sócio da Gávea Investimentos (sociedade privada parceira de empresas investigadas na Operação Zelotes, que envolve fraudes em autuações de empresas pelo Ministério da Fazenda) disse nesta terça-feira, 1º de novembro, “o Brasil precisa dar uma arrumada na casa para reencontrar o caminho do crescimento”, que passaria por corrigir distorções no sistema tributário. Por “coincidência”, essas “distorções” apontadas por Fraga não são benéficas para os trabalhadores, mas sim para os empresários, em especial empresas do ramo bancário e financeiro, como a sua própria empresa.

Para Fraga o Governo “gasto muito e perdeu espaço com a crise no último período”, faz com que para ele a contenção dos gastos por meio da PEC 241, seja legítima, pois vai possibilitar equilibrar essa balança. O que ele deixa de citar é que durante os últimos 13 anos do governo do PT, os banqueiros e as empreiteiras nunca lucraram tanto em sua história, batendo recordes históricos, enquanto a maioria da população seguia sofrendo com educação e saúdes bastante precárias. Apesar de que para Fraga a causa desse "catastrófico cenário fiscal" foi o crescimento na dívida que hoje se mostra o maior desafio para o Brasil, olhos mais atentos facilmente irão conseguir relacionar isso com a ganância dos empresários e dos governantes corruptos, que agora querem descontar na comanda dos trabalhadores, com ajustes e demissões em massa.

Fraga ainda coloca que a dívida pública hoje no Brasil está em mais de 70% do PIB, o déficit primário está m torno de 3% do produto interno bruto e ainda por cima o País tem uma taxa de juro muito alta para qualquer padrão internacional. "Mesmo que as reformas sejam aprovadas (a PEC 241 e uma reforma da Previdência razoável) -e eu acredito que serão-, a relação divida/PIB do Brasil vai a 90% Então é um quadro delicado", disse o ex-BC. A principal prioridade do Brasil após a aprovação da PEC 241, seguirá sendo o pagamento de uma divida eterna com os principais capitalistas e exploradores e cada vez menos com as condições de qualidade de vida dos trabalhadores brasileiros.

Uma mudança de pautas se faz necessária

Para podermos combater este cenário de completo abandono das condições básicas de vida dos brasileiros, devemos lutar para que o dinheiro público seja efetivamente gasto nos setores que devem ser prioridades básicas de todo governo: saúde e educação. Para isso, devemos inicialmente parar de pagar a dívida externa e garantir que toda fábrica que demita em massa seja estatizada imediatamente e colocada sobre controle operário. O Ensino e a Saúde devem tornar-se amplamente públicos, com a incorporação pelo estado de todas as instituições que recebem subsídios do MEC e do SUS respectivamente. Estas políticas podem ser uma melhor solução para a crise econômica que passamos hoje, com garantia de emprego e de condições básicas para a população. O verdadeiro corte que deveríamos fazer no setor público é no pagamento da dívida e nos salários e privilégios dos políticos, salários estes que deveriam ser iguais ao de uma professora.

Com informações da Agência Estado

 
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