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ESTADO ESPANHOL
O retorno das ruas contra o novo governo de Rajoy?
Philippe Alcoy

Neste sábado pela tarde, mais de 100.000 pessoas saíram às ruas em protesto contra a nomeação de Mariano Rajoy como presidente do governo espanhol. Há 3 anos que não se via tanta gente a se manifestar pelas ruas da Espanha.

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O elemento determinante para a cólera popular foi o anúncio de que os deputados do PSOE (o partido “socialista”) se absteriam durante a votação do novo governo do PP e do Ciudadanos. Isto permitiu à “casta” formar um governo após quase um ano de crise.

Trata-se, para o PSOE, de um « suicídio político”. Posto de outra forma, a ala à direita do partido, que havia sacado Pedro Sanchez do comando, preferiu sacrificar todo o partido para permitir, assim, que o patronato espanhol formasse um governo. Com efeito, a formação de um governo é central para as classes dominantes locais e para a Troika, para que possam, então, aplicar novos ataques aos trabalhadores e às massas. Além disto, nesta manhã, Pedro Sanchez abriu mão de seu cargo de parlamentar para não se ver obrigado a votar contra a posição da ala à direita do PSOE, mesmo que esta tenha o afastado do posto de secretário geral do partido.

Face a esta situação, Pablo Iglesias (Podemos) adotou um discurso ainda mais apelante à “retomada das ruas” contra o novo governo, com o objetivo, porém, de reforçar sua estratégia parlamentar e de reforma do regime. Mas a atitude do PSOE coloca em crise, também, a política do próprio Podemos, seja nas cidades e regiões onde este governa com o suporte do PSOE, seja onde apoia algum eventual quadro do PSOE no poder.

De toda forma, esta manifestação massiva pode significar um retorno da mobilização de massa face à “casta” e aos ataques que virão. Trata-se, sem dúvida alguma, da única alternativa diante o governo de Rajoy. No momento em que escrevemos, os manifestantes estão, ainda, presentes frente ao Parlamento.

 
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