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REFORMA DA PREVIDÊNCIA
Ataque coordenado aos trabalhadores: primeiro aprovar a PEC 55 e depois a reforma da Previdência
Rafaella Lafraia
São Paulo

O governo de Michel Temer quer que os trabalhadores paguem a crise econômica que passamos e, para tal, tem plano de ataque coordenado, priorizando a votação da PEC 55/2016 (antiga PEC 241) para depois votar a reforma da previdência social.

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Foto: JB Azevedo

A reforma da previdência social, que teve sua votação adiada para depois das eleições municipais, poderá ser adiada mais uma vez. Os assessores presidenciais, defensores desse adiamento, alegam que a reforma – que é mais um gatilho para atacar os trabalhadores, com a proposta de aumentar a idade mínima de aposentadoria para que esta tenha acordo com a sobrevida dos trabalhadores, como apresentado aqui – é um tema polêmico e, assim, poderia influenciar o ambiente dentro do Legislativo, atrapalhando o processo de votação do teto dos gastos (PEC 55).

Os defensores do adiamento também alegam a necessidade de reunião do governo com as centrais sindicais, governadores e líderes aliados para fechar a proposta que será enviada ao Congresso. Entretanto, a ala econômica do governo é contrária ao adiamento. Segundo esta ala, é ideal encaminhar a proposta de votação da reforma da previdência, pois a Câmara já encerrou a votação da PEC 55.

Para Michel Temer a prioridade é a aprovação do teto dos gastos públicos – PEC 55 – apesar de não ter tomado a decisão final sobre a proposta de adiamento do envio da reforma da Previdência.

A aprovação da PEC 55 – que trará demissões, precarização do serviço público e miséria para população que depende diretamente dos serviços oferecidos pelo Estado, a partir da limitação, por congelamento de gastos, nestas áreas pelos próximos 20 anos - aliada ao avanço da revisão do benefício da aposentadoria para aqueles trabalhadores que contribuíram com a Previdência Social para além do tempo determinado para se aposentar – aprovada secretamente pelo STF, na semana passada – e coordenada com a reforma da previdência social (que irá fixar a idade mínima de 65 anos para aposentadoria, nos setores público e privado), deixa nítido que a alternativa do governo de Michel Temer é fazer a classe trabalhadora sangrar para que a crise econômica vigente seja estancada.

Mesmo dentro do próprio governo, há desavenças na organização dos ataques à classe trabalhadora e, para manter certa união, Michel Temer vem dando concessões para ambas às alas de seu governo.

O que chama também a atenção são os acordos com as burocracias sindicais para que estes ataques passem. O silenciar de grandes centrais sindicais como a CUT e CTB, em momentos como esse, para garantir força para eleger o PT em 2018, acabam por fortalecer tais ataques.

Não devemos nos calar frente a esta situação. Devemos seguir o exemplo da juventude, que ocupa os diferentes ambientes estudantis contra a PEC, a reforma do ensino e o governo golpista. Devemos exigir que as grandes centrais sindicais saiam do marasmo e incentivem suas bases a apoiar as ocupações e lutar, conjuntamente com a juventude, contra estes ataques.

 
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