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DIA DOS MORTOS
Saiba mais de onde vem a tradição das caveiras mexicanas como a famosa La Catrina
Ana Mirabal

Na atualidade, o personagem de La Catrina relaciona-se com a tradição de recordar aos mortos. No entanto, sua criação é uma crítica política às condições de desigualdade nas quais viviam a maioria das pessoas nos séculos XIX e XX.

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Muitos jornais da época, como O filho do Ahuizote realizavam concurso de "caveiras". Estas iam acompanhadas de textos satíricos no verso nos quais se criticavam a situação do país, assim como as classes privilegiadas. Se retratou e exibiu as tristezas das pessoas que sofriam as grandes diferenças sociais durante o governo de Porfirio Diaz, no México. Entre os gravadores que se destacaram com as caveiras foram: Santiago Hernández, Manuel Manilla e, por suposto, José Guadalupe Posada.

Posada criou uma caveira nua, adornada unicamente com sombreiro e a nomeou "A Caveira Garbancera". Assim realizavam uma crítica as pessoas indígenas que pretendiam adquirir costumes europeus. Para Posada isto era renegar suas raízes e sua cultura. Razão pela qual, a caveira se encontrava nua, uma alegoria aos que não possuíam nada material, e com um sombreiro e plumas de avestruz, típico acessório da época, utilizado unicamente pelas classes privilegiadas.

Anos mais tarde, o pintor Diego Rivera converteu a caveira Garbanceira em La Catrina. Cabe mencionar que este nome tem alusão a moda da aristocracia que se vestia de maneira elegante, eles se denominaram catrines e catrinas. Desta forma, La Catrina aparece pela primeira vez vestida elegantemente no mural Sueño de uma tarde dominical em la alameda onde a caveira aparece com seu criador, José Guadalupe Posada, com Frida Kahlo e uma versão infantil de Diego Rivera.

Posada argumentava que "A morte, é democrática, já que afinal de contas, feia, morena, rica ou pobre, todas as pessoas acabam sendo caveiras". Hoje em dia, La Catrina é uma das máximas expoentes da cultura mexicana em relação à tradição do Dia dos Mortos.

 
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