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Vereadores do RJ querem votar salário vitalício para si mesmos de R$15 mil
Redação Rio de Janeiro
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A Câmara de Vereadores do Rio deve votar nesta terça-feira um projeto para que vereadores continuem recebendo salário, mesmo após o fim do mandato. O valor do salário seria igual ao que recebe um secretário da prefeitura, ou seja, R$ 15 mil líquidos por mês.

O projeto é de autoria do vereador João Cabral (PMDB) e já tem assinatura de outros 35 parlamentares. Ele prevê que o vereador que já é funcionário público municipal e tenha três mandatos seguidos ou quatro intercalados receba salário pelo resto da vida.

O texto deveria ter sido votado na última quinta-feira, pois entrou em uma espécie de regime de urgência, mas não houve quórum suficiente. Então, o projeto deve ser analisado pelos vereadores nesta terça.

A PEC 241 que dizimará a saúde e a educação para dezenas de milhões de pessoas, agravando os problemas com a falta de leitos e aparelhos hospitalares no Rio de Janeiro, já deixaria intactos os privilégios milionários de juízes, deputados, senadores e vereadores. Estes senhores, eixos do golpe institucional de uma direita que já se beneficiou largamente nos governos do PT, ainda buscam aumentar estas mordomias às custas da pobreza geral.

Deputados e senadores custam aos cofres públicos mais de R$1 bilhão por ano; cada um dos 81 senadores custa mais de R$2 milhões por mês. Já os juízes brasileiros são os mais caros do mundo: custam 1,3% do PIB nacional, sem considerar as regalias e ajudas de custo. Já os vereadores do RJ, por exemplo, tem um salário mensal de R$ 18.991,68, o maior do país entre as grandes capitais. As aposentadorias dos trabalhadores em todo o país estão sendo atacadas, e se exigirá que se trabalhe até morrer para ter minimamente algum sustento (assim quer o judiciário golpista, que se aposenta com alguns anos e recebe R$33 mil mensais). Já os vereadores não se verão prejudicados: querem continuar recebendo seu salário integral mesmo depois de aposentados.

Esse movimento de aumentos de regalias aos já privilegiados políticos e altos funcionários da burguesia se dissemina em todas as câmaras, em todas as repartições judiciais, em todo o Congresso. Exigimos que esses políticos sejam eleitos e revogáveis, e recebam o mesmo salário de uma professora da rede pública de ensino, que deve receber o salário mínimo estipulado pelo DIEESE (R$3,999), como forma de começar a combater a casta política e chegar ao questionamento de todo o seu sistema corrupto de dominação. Somente um governo verdadeiramente dos trabalhadores, que rompa com a burguesia e o capitalismo, pode avançar as principais questões sentidas pela imensa maioria da população.

 
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