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VENEZUELA
Começou o diálogo entre o governo de Maduro e a oposição, o que negociam?
La Izquierda Diario Venezuela

Em meio a uma total incerteza e muitas incógnitas, o diálogo entre o Governo de Maduro e a oposição aglutinada na MUD começou este domingo.

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Transmitida ao vivo pela televisão, o diálogo entre o Governo e a oposição aglutinada na MUD começou neste domingo, tendo como única novidade o fato do partido de Leopoldo López, Vontade Popular, não participar nesta primeira fase.

A reunião entre o governo e a oposição ocorreu na noite de domingo em Caracas, no museu Alejandro Otero em La Rinconada, distinto ao da ilha de Marguerita como se havia proposto, e a oposição havia rechaçado. Isto a propósito do anuncio que realizou em dias prévios o enviado do vaticano e núncio apostólico da Argentina, Emil Paul Tscherring

Depois de muitas declarações desencontradas produto de suas divisões internas, os principais partidos da MUD, como a Ação Democrática (AD), Primeiro Justiça (PJ), Um Novo Tempo (UNT), decidiram integrar-se ao diálogo com o governo, além do governador opositor Henri Falcón do estado Lara que não pertence a nenhum destes partidos. Vontade Popular (VP) já afirmou que integrará na medida que veja os passos concretos que vão se dandoAo processo de mediação além da equipe designada pela UNASUL e encabeçado por José luis Zapatero do Estado Espanhol, nas últimas semanas se somou o monsenhor Emil Paul Tscherring e este domingo Claudio María Celli em representação do Vaticano, cumprindo com isso uma exigência da MUD para as conversações.

Ao encontro assistiram, além do enviado do Papa, o núncio Apostólico, Aldo Giordano, o secretário geral da União de Nações Sul americanas (UNASUL), Ernesto Samper, os mediadores como o ex-presidente do governo espanhol José Luis Rodrígues Zapatero assim como os ex mandatários do Panamá Martín Torrijos e da República Dominicana, Leonel Fernández.

Por parte do Chavismo estiveram, entre outros, a chanceler Delcy Rodríguez, o prefeito do município Libertador de Caracas, Jorge Rodríguez, o presidente de Corpomiranda, Ellías Jaua e o Presidente da República, Nicolás Maduro.

A MUD esteve representada por Jesús Torrealba, secretário executivo da coalizão opositora, Luis Aquiles Moreno (AD), Carlos Ocatiz (PJ), Henri Falcón (AP) e Timoteo Zambrano (UNT); ou seja, três dos quatro partidos que integram o chamado G-4; Ação Democrática, Primeiro Justiça, Um Novo Tempo e Avanço Progressista do governador Henri Falcón. O grande ausente foi a Vontade Popular.

Na abertura formal, o representante do vaticano, Claudio María Celli, assinalou que o diálogo é o caminho principal da política e expressou que o Papa Francisco segue muito de perto a “complexa situação da Venezuela”. O enviado do Papa opinou que se dêem gestos concretos de ambas as partes: “no começo deste caminho esperamos que surjam gestos concretos, que destaquem a vontade de ambas as partes para entender que o diálogo é uma realidade, algo sério”.

Maduro que foi outro que teve a palavra, manifestou que “A MUD tem nas mãos a palavra para conversar. Não é um processo nada fácil, mas estamos dispostos a escutar e ser ouvidos, a fim de encontrar pontos de encontro”.

Logo da abertura formal, seguiriam as reuniões discricionais, ou seja, não públicas. O que acordaram é a grande incógnita do momento, mas o que é claro é eu buscaram acordos em função de seus interesses que estão longe das verdadeiras necessidades do povo e da classe trabalhadora.

Entretanto continua a agenda de mobilizações programadas para esta semana, incluindo a sessão da Assembléia Nacional desta terça-feira a qual está convidado Maduro para que dê respostas ao que a MUD chama de “responsabilidade política” mas dizem que não se fará presente.

Para quinta-feira 3 de novembro está convocada a mobilização da oposição que supostamente se dirigirá ao Palácio Miraflores, a sede governamental, ao mesmo tempo que o Chavismo convoca suas forças ao mesmo lugar. Mas é claro que o que venha a acontecer esta semana estará condicionado pelas negociações que já derma início neste domingo.

Tradução por Filipe da Souza

 
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