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Presidente do TST quer que justiça do trabalho beneficie mais os patrões
Marcella Campos

Neste sábado o presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Ives Gandra da Silva Martins Filho, declarou em entrevista concedida ao Estadão que está disposto a tirar mais sangue dos trabalhadores em nome dos patrões.

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Respondendo as criticas patronais de que o TST e a justiça pende mais para o lado dos trabalhadores Ives Grandra se apressou para dizer que se existem reclamações desse tipo é porque algum desiquilíbrio existe, o que não pode acontecer já que a justiça deve ser imparcial. Deixando clara sua intenção em dar um giro para que nos processos empresas e empregadores saiam ainda mais beneficiados.

Não é de hoje que o presidente do Tribunal Superior do Trabalho faz declarações que deixam claras as suas intenções em atacar ainda mais o trabalhadores junto com o governo Temer, em nome de ajudar o pais a sair da crise econômica. Em agosto deste ano Ives defendeu a "flexibilização" da CLT, ou seja, a flexibilização das leis que defendem o trabalhador. Nesta nova entrevista afirmou que existe uma cultura entre os trabalhadores de entrarem na justiça contra a patronal, principalmente depois de serem demitidos, ainda que saibam que estejam errados influenciados por sindicatos e colegas de trabalho, e por isso a justiça do trabalho seria a justiça do desempregado. Já para ele as empresas acabam cedendo e fazendo acordos para não enfrentarem processos demorados na justiça.

Ives Grandra aproveitou também para reclamar dos cortes no orçamento do judiciário, o que atrasa o andamento dos processos, prejudicando ainda mais os patrões.

A justiça tem um lado e não é o do trabalhador

Nessa última semana o Supremo Tribunal Federal votou a favor do corte de ponto do funcionalismo público em caso de greve, sem julgamento será legal cortar o ponto, atacando o direito de greve dos trabalhadores, além de ter rejeitado a revisão do beneficio da aposentadoria para aqueles trabalhadores que contribuíram a mais do tempo determinado para aposentar como discutimos aqui.

O poder judiciário no Brasil vem atuando com cada vez mais poder arbitrando sobre a política e a vida dos trabalhadores. A Lava Jato do juiz Sérgio Moro e companhia é o exemplo mais explicito disso, quando faz prisões e acordos de delações premiadas vestidas de combate a corrupção, mas que servem para pressionar políticos conforme a conveniência política para favorecer aqueles que melhor possa realizar os ataques aos trabalhadores. Com essa finalidade atuou tão detidamente no golpe institucional, que trocou os ataques do PT pelos ataques do setores mais a direita da burguesia.

O presidente do TST, Ives Gandra da Silva Martins Filho, faz parte desta casta de privilegiados, com salários milionários que estão à frente de uma das instituições mais contrárias aos direitos e interesses dos trabalhadores, o judiciário brasileiro. Isso explica que entenda que os ataques já desferidos contra os trabalhadores não sejam suficientes e seja favorável a mais dureza e autoritarismo contra os direitos dos trabalhadores.

 
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